Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título BIOSSEGURANÇA NO DESCARTE, ARMAZENAMENTO E REUTILIZAÇÃO DOS INSUMOS DA INSULINOTERAPIA
Autores
MAYARA CAROLINE RIBEIRO ANTONIO (Relator)
BRUNO SOUZA DO NASCIMENTO
TÁSSIA DE ARRUDA BONFIM
LARISSA DA SILVA BARCELOS
MARA CRISTINA RIBEIRO FURLAN
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
A administração de insulina como forma de controle do Diabetes Mellitus (DM), além da recomendação clássica ao DM tipo 1, vem se tornando cada vez mais recorrente nos portadores de DM tipo 2. A terapêutica produz um número elevado de resíduos biológicos, que caso não ocorra um gerenciamento seguro e adequado, contribuem para a geração de ambientes potencialmente perigosos, afetando a saúde humana. O objetivo do estudo foi conhecer o método de acondicionamento, reutilização e descarte dos insumos perfuro-cortantes por portadores de diabetes insulinodependente sob a percepção dos usuários. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem qualitativa, desenvolvido junto a 18 pessoas com diagnóstico de DM residentes em um município da região norte do Estado de Mato Grosso do Sul. Observou-se que os indivíduos demonstraram semelhanças nas formas de armazenar os insumos. Na maioria dos relatos, a orientação do profissional da saúde foi indicada como o promotor desse hábito. As informações prestadas aos entrevistados deram ênfase na estocagem das seringas e agulhas em local protegido, sendo muito utilizada à própria sacola plástica. Para as insulinas o acondicionamento apresenta maiores diferenças e são marcadas por preocupação com a refrigeração e não com a disposição do fármaco no refrigerador ou no transporte do mesmo, e o tema foi considerado pouco importante pelos indivíduos, já que não é abordado pelos profissionais que os atendem. A falta de recursos nas unidades e o pedido por economia é o que faz os usuários considerarem a reutilização. O máximo de vezes que fazem o uso é de duas a três. Alguns sujeitos relatam o descarte facilitado pelos pacientes, com o intuito de proteger os agentes de limpeza urbana, onde separam os materiais perfuro cortantes em recipientes como garrafas PET. Nesses recipientes, dispensam as agulhas e seringas nelas acopladas. Já as ampolas de insulina e outros produtos da insulinoterapia são dispostos em lixo orgânico. O acompanhamento profissional e orientações mais abrangentes sobre o diabetes são necessidades, já que os resultados demonstraram insegurança e condutas errôneas em todas as áreas avaliadas. A capacitação de toda a rede de assistência, como a equipe de enfermagem, médicos e agentes de saúde potencializa o desenvolvimento de conhecimento, que empodera o indivíduo para o autocontrole e cuidados com sua terapia, englobando todo o contexto de inserção do paciente sua família e meio.