Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título FATORES ASSOCIADOS COM O RISCO DE PÉ DIABÉTICO EM IDOSOS
Autores
ANA PATRÍCIA ARAÚJO TORQUATO LOPES (Relator)
FABIANA MAGALHÃES NAVARRO-PETERNELLA
GUILHERME OLIVEIRA DE ARRUDA
ELEN FERRAZ TÉSTON.
SONIA SILVA MARCON
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A prevalência do Diabetes Mellitus (DM) tem aumentado em todo o mundo, no Brasil é de 19,9% para as pessoas com idade entre 65 e 74 anos, e em 19,6% para as pessoas com idade igual ou superior a 75 anos. Por sua vez, as complicações do DM2 podem ser micro e/ou macrovasculares, e são advindas de fatores de risco como idade, tempo de diagnóstico da doença, hiperglicemia, comportamento sedentário, obesidade e falta de cuidados com os pés, além de fatores hereditários. Objetivo: Identificar diferenças entre os sexos em relação aos fatores associados ao risco de pé diabético em idosos. Metodologia: Foram avaliados 187 idosos com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 2. As variáveis investigadas foram dados sociodemográficos, história clínica do Diabetes Mellitus e queixas em relação aos pés. A sensibilidade cutânea plantar foi avaliada em ambos os pés, com o uso dos monofilamentos de Semmens-Weinstein. Para análise dos dados foi utilizado teste Qui-quadrado e regressão logística binária (p<0,05; 95% IC). Resultados: Foram incluídos 174 idosos que não apresentavam história de acidente vascular encefálico e doença vascular periférica. A maioria (58,6%) foram do sexo feminino e entre estas, os fatores de risco para o pé diabético foram a idade mais avançada (p<0,021; OR 6,0), presença de calos (p<0,046; OR 2,83) e dedos em garra (p<0,041; OR 3,18). E, entre os homens, o uso de insulina (p<0,008; OR 5,22), presença de comorbidades sensoriais (p<0,007; OR 5.0), úlceras (p<0,001), dormência (p<0,002; OR 6,6) e enrijecimento nos pés (p<0,009; OR 5,44). Além disso, foi encontrado como fator de proteção para o risco do pé diabético nas mulheres, histórico familiar de DM2 (p<0,009; OR 0,22) e as fisicamente ativas (p<0,002; OR 5,22). Conclusão: Os fatores associados ao desenvolvimento do pé diabético se apresentaram de forma diferente entre as mulheres e homens, sendo necessária uma abordagem preventiva direcionada e mais específica. Esta com um enfoque nos cuidados a serem realizados com o pé por idosos com diabetes, a implementação de programas educativos de empoderamento da pessoa com diabetes voltados para o autocuidado. Referências: CLARK, M.L.; UTZ, S.W. Social determinants of type 2 diabetes and health in the United States. World Journal of Diabetes, v.5, n.3, p.296–304, 2014.