Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título INFECÇÕES RELACIONADAS A ASSISTÊNCIA COMO FATORES PREDITIVOS NA INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR SEPSE
Autores
ANDRESSA APARECIDA LAZZAROTTO (Relator)
DANIELI MIRANDA
FRANCIELE DO NASCIMENTO SANTOS ZONTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
A sepse é uma síndrome complexa caracterizada por uma intensa resposta inflamatória frente a um microrganismo infeccioso. As infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS) contribuem para a ocorrência e evolução desta síndrome. As altas taxas de morte por sepse na Unidade de Terapia Intensiva(UTI) é um agravante, sendo necessário determinar condutas para reduzir esse índice. O presente trabalho identificou as infecções relacionadas à assistência como fator preditivo na incidência e mortalidade por sepse em uma UTI de um Hospital Regional. Realizou-se um estudo retrospectivo com abordagem quantitativa. Incluíram-se no estudo os prontuários dos pacientes com sepse internados na UTI entre janeiro de 2012 a junho de 2016, identificando as variáveis sociodemográficas e clínicas. Os internamentos na UTI totalizaram 1083 pacientes, sendo que 864 (79,78%) apresentaram Síndrome de Resposta Inflamatória (SIRS), sepse, sepse grave e choque séptico. Prevaleceram pacientes do sexo masculino 481 (55,1%), e idosos 482 (55,8%). O tempo de internação foi de até uma semana 474 (54,9%). As principais fontes de infecção foram o pulmão 262 (30,4%) e a ferida cirúrgica 224 (25,9%). A taxa de mortalidade foi de 1,3%, na sepse 7,7%, sepse grave 23,7% e choque séptico 68%. A UTI é um ambiente crítico de cuidados intensivos. O grande número de pacientes masculinos se deve ao fato da baixa procura dos mesmos por assistência, a idade avançada é predisponente às infecções. O tempo de permanência de uma semana é caracterizado pela evolução clínica rápida da sepse. O sítio respiratório se destacou como maior fonte de infecção, devido à utilização de ventilação mecânica, cateteres e demais instrumentos monitores de funções neurovegetativas. Quanto a ferida cirúrgica vale destacar os cuidados básicos de higiene, banho no leito e troca de curativo. A alta prevalência da morbimortalidade por sepse mostra que o diagnóstico precoce, tratamento adequado e protocolo padronizado são indispensáveis. A evolução da síndrome ocorre de forma rápida e com prognóstico ruim associado às más condições clínicas dos pacientes e as IRAS, em consequência os índices de mortalidade foram substanciais. É necessário conhecer o perfil epidemiológico da sepse, a fim de aperfeiçoar o planejamento de assistência aos pacientes críticos, para reduzir sua letalidade e incidência.