Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título ANÁLISE DA TITULAÇÃO DE IGM ANTI PGL-I ENTRE PORTADORES E COMUNICANTES DE HANSENÍASE EM BELÉM-PA
Autores
THAYNA DESIREE RODRIGUES MARTINS (Relator)
ANTONIA MARGARETH MOITA SÁ
PRISCILA OLIVEIRA MIRANDA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo Pesquisa

Resumo
A hanseníase é uma doença de notificação compulsória e investigação obrigatória. Um dos indicadores para sua investigação epidemiológica é o exame de contatos portadores de hanseníase. Objetivou-se determinar a titulação de IgM anti-PGL-I em portadores de hanseníase e seus contatos atendidos em uma Unidade de Saúde de Belém-Pa. Realizou-se um estudo transversal, do tipo analítico, com portadores de hanseníase e seus comunicantes, de janeiro a junho de 2016, examinados ou não, atendidos da Unidade Municipal de Saúde da Marambaia, pertencente ao Distrito Administrativo do Entroncamento em Belém-Pa. A análise laboratorial foi realizada no Laboratório de dermato-imunologia da UFPA/MC. Os dados foram analisados no programa GraphPad Prism 6.01. Este estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade do Estado do Pará. Foram diagnosticados como casos novos 5 indivíduos, que iniciaram o tratamento com PQT. A maior idade encontrada foi de 88 anos. Observou-se predomínio do sexo feminino com 56,2%. Quanto à escolaridade, 36,2% dos indivíduos possuíam ensino médio completo. Em relação à classificação operacional dos casos índices 70,8% eram multibacilares, já os casos novos detectados durante a pesquisa em sua totalidade foram diagnosticados como paucibacilares. Quanto à forma clínica a maioria dos casos índices foi notificada como não classificados 37,5% e os casos novos do mesmo modo, representando 60% das classificações, o que demonstra dificuldade de classificação por parte dos profissionais que ali trabalham. Observou-se que os casos índices e os casos novos realizaram baciloscopia, com resultado negativo em sua maioria, 54,2% e 80% respectivamente. A realização do teste anti PGL-I indicou soropositividade para 10 casos índices, correspondendo a uma taxa de 41,7% e, para os comunicantes representou uma taxa de 24,7%. Os casos multibacilares possuem maior soropositividade para o anti PGL-I (27,6%) quando comparados aos paucibacilares que possuem 17,4% de soropositividade. Observou-se que 90,9% dos indivíduos que não possuíam nenhuma cicatriz da vacina BCG eram soronegativos. Indivíduos com baciloscopia positiva em 100% dos casos obtiveram sorologia positiva. A presença de anticorpos anti PGL-1 demonstrada na carga bacilar pode atuar como auxiliar na classificação das formas clínicas. Dentro desta perspectiva confirma-se o exame anti PGL-I como auxiliar de diagnóstico e propõe-se intensificar os exames clínicos entre contatos.