Anais - 20º CBCENF

Resumos

Título A VULNERABILIDADE DO HOMEM NEGRO AO HIV/AIDS
Autores
DANIEL ASER VELOSO COSTA (Relator)
SILVIO GOMES MONTEIRO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: No Brasil, estudos apontam que os negros possuem menor escolaridade e salário, piores condições habitacionais e são excluídos de vários direitos sociais. Tais desigualdades raciais influenciam nas condições de saúde das populações, sendo um grande problema de saúde pública. Nos últimos anos, tem sido verificado o aumento significativo de homens negros infectados pelo HIV. Objetivo: Enfatizar os dados epidemiológicos de HIV/AIDS na população negra, enfatizando o homem e, identificar o papel dos profissionais da saúde, em especial o enfermeiro, frente a essa realidade. Metodologia: Estudo epidemiológico, quali-quantitativo, transversal, utilizando dados de 2007 a 2016, do DATASUS/SINAN e boletins do Ministério da Saúde; e, pesquisa em artigos científicos nas Plataformas Virtuais LILACS, SCIELO E PUBMED, que mais se enquadravam nos parâmetros da pesquisa. Resultados e Discussão: Nos últimos 10 anos, foram notificados no Brasil 136.945 casos de HIV, distribuídos em 49,9 em pessoas negras (cor preta e parda) e 49,0 em brancas. No total, 67,3% das notificações são em homens, em 2007, 59% atribuídos aos homens brancos e 39.9% aos negros; em 2016, 45% e 53,7%, respectivamente. A proporção aumentada em casos de HIV na população negra e parda nos induz a refletir sobre os comportamentos sexuais de risco dessa população, além do acesso aos serviços de saúde, sua percepção quanto a contaminação pelo HIV e na qualidade da assistência prestada. Conclusão: O impacto da discriminação social e desigualdades, tais como educação, seletividade do mercado de trabalho, pobreza, e organização familiar são pressupostos que afetam a expansão do HIV e AIDS nos homens negros brasileiros. Nessa Perspectiva, o olhar e o agir da enfermagem deve perpassar as barreiras e limites impostos pela sociedade, respeitando a particularidade do indivíduo e proporcionando um atendimento holístico e integral através da educação em saúde preventiva e ações que facilitem o acesso da população aos serviços de saúde. Referências: 1) Ministério da Saúde-Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS. Ano V. 2016.2) BATISTA, Luís Eduardo. Masculinidade, raça/cor e saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro,v.10, n. 1, p. 71-80,Mar.2005.Lopez, Laura Cecília .Uma Análise das Políticas de Enfrentamento ao HIV/Aids na Perspectiva da Interseccionalidade de Raça e Gênero Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.3, p.590-603, 2011.