Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PRÁTICA DA EPISIOTOMIA EM PARTOS VAGINAIS NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Autores
KAROLINE DANIELE ALVES DE MELO (Relator)
JÚLIA SALOMÉ DE SOUZA
MONICA HEYDUK
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: A episiotomia caracteriza-se pelo alargamento do períneo durante o último período do trabalho de parto, realizado por meio de uma incisão cirúrgica sendo necessária a sutura para sua correção. O Brasil tem sido conhecido pelos altos índices dessa prática, utilizando-a de forma rotineira apesar da recomendação da Organização Mundial de Saúde de que seu uso seja restrito, não ultrapassando 10% dos partos. Objetivo: Descrever os aspectos relacionados à prática da episiotomia em partos vaginais na realidade brasileira. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde, através do descritor episiotomia cruzado com os descritores: parto, parto normal, salas de parto, parto domiciliar, parto humanizado, trabalho de parto, complicações do trabalho de parto, segunda fase do trabalho de parto, Brasil e, períneo. Como critérios de inclusão optou-se pelos artigos científicos, com ano de publicação entre 2005 e 2015, com texto completo disponível e idioma português. Dessa forma, os artigos que se amoldaram aos critérios de inclusão e se relacionavam com o tema do estudo foram 24, analisados por meio da técnica de análise de conteúdo e apresentados em categorias. Resultados: Os fatores associados à realização da episiotomia descritos na literatura são: primíparas; ausência de parto vaginal anterior; adolescentes; feto macrossômico ou prematuro, mulheres com doenças hipertensivas; mulheres que receberam analgesia, dentre outros. Os benefícios indicados na literatura não são compensadores quando se observa os prejuízos/danos materno-fetais causados pelo procedimento. As medidas que podem ser usadas para a redução dos índices da episiotomia e preservação do períneo íntegro descritos na literatura científica são: implementação das normas de episiotomia seletiva em instituições hospitalares; ser assistida em ambientes e profissionais que indicam preocupação com a humanização; informação sobre o leque de possibilidades do parto; inserção dos enfermeiros obstetras na assistência direta ao parto normal sem distócia; técnicas de proteção do períneo durante o parto; exercícios durante o pré-natal; posição verticalizada ou lateral esquerda durante o trabalho de parto; deambulação livre durante o trabalho de parto. Conclui-se que é necessário estimular uma assistência ao parto baseada em evidências científicas, desestimulando o uso da episiotomia rotineira.