Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título SAÚDE NO SISTEMA PRISIONAL FEMININO: REVISÃO DE LITERATURA
Autores
PAULA KATHLEEN DEMETRIO CORSINO (Relator)
MARIELLI SOUZA MARQUES
NATHIELLY ROCHA VALIGUSKI
DANILA PEQUENO SANTANA
Modalidade Pôster
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A saúde das mulheres que encontram-se em sistema prisional é pouco discutida em pesquisas científicas, entretanto é amplamente descrita na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher e no Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, porém torna-se primordial os estudos que abordam a saúde da mulher privada de liberdade a fim de reduzir as iniquidades que estão sujeitas e promover a qualidade de vida. OBJETIVO: Identificar a principal dificuldade encontrada na implementação da saúde das reeducandas. MATERIAL E METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, que utilizou-se os descritores “saúde da mulher, prisões e saúde pública” para a pesquisa na base de dados on line do SCIELO. Os materiais selecionados foram aqueles que atenderam os critérios de inclusão de estar disponível na versão completa, grafados em português, espanhol e inglês publicados no período de 2004 a 2016, sendo incluídos manuais do Ministério da Saúde. RESULTADO E DISCUÇÃO: No Brasil a população feminina encarcerada aproxima-se de 31 mil mulheres, espalhadas sobre 27 estados em mais de 5 mil municípios, essa população alcançou uma porcentagem de 37.47% no ano de 2012, com crescimento de 11,99% por ano, sendo jovens, mães e solteiras. No ano de 1988 foi institucionalizado pela constituição federal o acesso dessa população a ações e serviços de saúde, porém a banalização do conhecimento sobre a prevenção torna grande maioria dessas mulheres vulneráveis e susceptíveis ao contágio de doenças sexualmente transmissíveis. Os serviços de saúde e ações para essas mulheres são organizados no âmbito das unidades prisionais onde existe uma equipe interdisciplinar de saúde, entretanto a realidade vivenciada torna-se outra, existem 23,53% de equipes qualificadas, onde apenas 35,29% possuem existência médica, 64,71% clínicos geral, 35,29% ginecologista e 13,73% enfermeiras, apenas 60% das penitenciarias do Brasil possuem estrutura adequada para atende-las de maneira correta. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se que o número de mulheres encarceradas aumenta gradativamente a cada ano e que por falta de estrutura para acomodá-las de maneira adequada torna-se difícil a atuação das equipes interdisciplinar nas ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde, assim é primordial a realização de pesquisas que envolvam populações vulneráveis como as mulheres encarcerada para ampliar a visibilidade sobre o problema e possibilitar ações que elevem seu nível de vida.