Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PROPORÇÃO DE CASOS DE HANSENÍASE MULTIBACILAR POR REGIÕES BRASILEIRAS
Autores
LIVIA MARIA SANTOS DA SILVA (Relator)
GUSTAVO COÊLHO DE OLIVEIRA
DANIELE PEREIRA SOARES
LANA LÍVIA PEIXOTO LINARD
GERLANE CRISTINNE BERTINO VÉRAS
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Hanseníase é classificada operacionalmente em paucibacilar e multibacilar, tendo como objetivo avaliar os casos em relação ao risco de desenvolver complicações e para definir o correto esquema terapêutico a ser utilizado. A forma multibacilar é considerada a forma infectante da patologia devido a alta carga bacilar que apresenta. Objetivo: Esse estudo objetivou verificar a proporção de casos de hanseníase multibacilar entre as regiões brasileiras. Metodologia: Trata-se de estudo de base secundária, descritivo com abordagem quantitativa, realizado no mês de setembro de 2016 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. Resultados: Diante dos achados, observou-se que o Brasil, em 2015, apresentou 28.758 casos novos de hanseníase, destes, 19.811 (68,9%) foram classificados como multibacilares. Entre as regiões brasileiras, o Centro-Oeste apresentou 5.667 casos novos de hanseníase, sendo 4.554 (80,4%) casos multibacilares; o Sul, 1.021 casos novos, sendo 815 (79,8%) multibacilares; o Norte 5.181 casos novos, sendo 3.467 (66,9%) multibacilares; o Nordeste, 12.848 casos novos, sendo 8.347 (65,0%) multibacilares; e o Sudeste apresentou 4.041 casos novos de hanseníase sendo 2.628 (65,0%) casos multibacilares. Percebe-se que a proporção dos casos de hanseníase com classificação operacional multibacilar é elevada no Brasil, em especial nas regiões Centro-Oeste e Sul, o que sugere que os diagnósticos estão ocorrendo tardiamente, com isto, a cadeia de transmissão permanece ativa e os casos ainda não diagnosticados com maior possibilidade de agravamento, inclusive para uma deficiência física permanente, constituindo-se em um sério problema de saúde pública a ser enfrentado pelas unidades básicas de saúde, gestores e comunidade. Conclusão: Portanto, é fundamental que as equipes de saúde prestem assistência por meio da educação e implementem ações frente à comunidade que visem à sensibilização e empoderamento dos atores sociais com relação à hanseníase, sendo primordial que estes profissionais estejam capacitados para a realização do exame dermatoneurológico e consequente diagnóstico. Nesse aspecto, o enfermeiro torna-se facilitador no processo de controle e eliminação da hanseníase, por meio da busca ativa e passiva dos casos, educação da comunidade, identificação precoce dos casos e seu acompanhamento adequado.