Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título USO DE ANTI-HIPERTENSIVOS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE BOA VISTA-RR
Autores
BRUNO RODRIGUES CARVALHO (Relator)
MANUELLA CARVALHO FEITOSA
JACKELINE DA COSTA MACIEL
HELENILSON JOSÉ SOARES BONIARES
Modalidade Pôster
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A promoção do uso racional de medicamentos envolve desde a prescrição e informações corretas sobre o medicamento pelo prescritor e/ou durante a dispensação, como também a adesão ao tratamento e a não automedicação pelo usuário. A informação é a melhor forma de prevenir a ocorrência de complicações e a ineficácia terapêutica. O enfermeiro assume um papel importante em todo esse processo, pois ele pode educar o paciente quanto ao uso correto de medicamentos, especialmente os de uso crônico. Objetivo: Tendo em vista a alta prevalência da hipertensão arterial sistêmica (HAS) e as inúmeras complicações associadas à doença, assim como a importância do uso racional de anti-hiperstensivos, o trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico e farmacoterapêutico de hipertensos atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Boa Vista-RR de junho de 2014 a junho de 2015, visando elaborar estratégias para promover o uso correto de anti-hipertensivos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de caráter quantitativo, do tipo transversal e retrospectiva. Os dados foram coletados de prescrições de hipertensos atendidos em uma UBS de Boa Vista-RR. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFRR, sob o parecer nº 693.056. Resultados: Foram analisadas 330 prescrições durante os meses de junho de 2014 a junho de 2015. Observou-se que 73% (n=241) dos hipertensos da UBS foram do sexo feminino e 27% (n=89) do sexo masculino, com média de idade de 56,9 ± 16,1 anos. Em relação aos anti-hipertensivos, foram observados por prescrição 2,3 ± 1,0 medicamentos. Entre eles, os mais prescritos foram captopril (30%), propanolol (20,9%), atenolol (20,6%) e enalapril (20,6%). Conclusão: A análise das prescrições demonstrou que a maioria dos hipertensos da UBS possui mais de 50 anos de idade e utiliza no mínimo dois anti-hipertensivos, indicando que se deve ter um cuidado maior com essa população, pois muitos possuem outras doenças que exigem a utilização de mais medicamentos. Visando aumentar a adesão, bem como a eficácia terapêutica, os resultados sugerem que é necessário criar esquemas terapêuticos simples para a administração correta desses medicamentos, evitando a ocorrência de reações adversas ou ineficácia do tratamento medicamentoso. Referências: Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Hipertensão, Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010;95(1):1-51.