Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título FATORES DE RISCO PARA DEPRESSÃO ENTRE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM NO INTERIOR DE MATO GROSSO
Autores
LILIANE SANTOS DA SILVA (Relator)
MARCOS VITOR NAVES CARRIJO
ANNA KARLLA FERREIRA MATOS
JUCELIA MORAES DE LIMA
CLAUDIA PEREIRA SOARES SANCHEZ LACERDA
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
A depressão é considerada como um problema de saúde pública, de causa multifatorial, atingindo cerca de 154 milhões de pessoas. Acadêmicos apresentam-se vulneráveis para depressão devido a nova rotina de estudos, estresse, solidão, medo, distancia da família. Este estudo teve como objetivo identificar fatores de risco para depressão entre universitários do curso de enfermagem. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, realizada em julho de 2016, com 50 universitários matriculados no curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Barra do Garças-MT. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semiestruturado. As analises foram realizadas pelo programa Epiinfo versão 3.5.2. A pesquisa teve aprovação ética nº 515/705 da UFMT/CUA. Quanto aos resultados, participaram da pesquisa 50 acadêmicos do 3º ao 8º semestre do curso de enfermagem, com faixa etária de 18 a 61 anos, em sua maioria do gênero feminino (80%), solteiros (82%), residentes com os pais (34%) e/ou sozinho (28%). Quanto aos fatores de riscos para a depressão, 46% dos acadêmicos tiveram que mudar de cidade para frequentar a universidade, 34% passam por dificuldade financeira, 36% passaram por processo de luto pós entrar na faculdade, 94% sentem maior responsabilidade que antes de iniciar a faculdade, 96% sentem maior pressão no meio universitário, 54% sente-se carentes afetivamente. Quanto a histórico de diagnóstico de depressão, 36% dos estudantes já tiveram pelo menos um episódio de depressão em algum momento de suas vidas, destes, 72% foram submetidos a tratamento para depressão. Atualmente, 18% dos universitários estão fazendo tratamento (medicamentoso e psicoterápico) para alguma doença mental, destacando a depressão (56%) e ansiedade (44%).Diante do exposto, conclui-se que os acadêmicos de enfermagem apresentaram fatores de risco significativos (ausência da família, dificuldades financeiras, pressão da universidade, histórico da doença) que podem contribuir com o surgimento da depressão. Os dados demonstram, a necessidade de acolhimento dos universitários através de estratégias de prevenção e diagnóstico precoce, visando a qualidade de vida dos estudantes de enfermagem.