Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título A PERCEPÇÃO DOS FAMILIARES DE PACIENTES COM TRANSTORNO MENTAL EM RELAÇÃO AO PROCESSO DE ADOECIMENTO
Autores
CAROLINE SAMPAIO FRANCO (Relator)
FRANCISCO FLORÊNCIO MONTEIRO NETO
BRUNA ARAÚJO VAZ
ALANE JHANIELE SOARES
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Relato de experiência

Resumo
As formas de educação em saúde mental aos pacientes e familiares devem ser implementadas para que ambos sejam partícipes no tratamento, aumentando as chances de recuperação mais rápida e de reinserção social do paciente. Nos grupos terapêuticos, discussões são manifestadas através de estímulo à participação de todos, pelo enfermeiro ou outro profissional da saúde mental. O presente estudo objetivou analisar as principais dificuldades dos familiares de pacientes com transtorno mental em lidar com o doente e para isso desenvolveu-se um grupo terapêutico em um hospital psiquiátrico de referência do Piauí. O grupo foi formado por cinco familiares, além de um preceptor e cinco alunos de enfermagem da Universidade Estadual do Piauí, durante o estágio curricular de saúde mental/psiquiatria, em junho de 2015. Traçaram-se as seguintes fases de desenvolvimento: uma fase inicial de acolhimento, uma fase intermediária de orientação e, por último, a fase de conclusão. Utilizaram-se a metodologia da escuta, de dinâmica e de exposição oral, permitindo a socialização e reflexão. A fase de acolhimento dos familiares foi bastante importante por ter gerado uma oportunidade até então pouco valorizada, qual seja a de extravasarem suas dúvidas e receios. Nas fases de orientação e conclusão, proporcionaram-se a esses familiares recursos para melhor cuidar dos doentes. Nelas foram prestadas informações sobre o transtorno mental, tratamento e identificação de fatores estressores que podem levar o paciente a crise, além de incentivo ao autocuidado, para que eles também não adoecessem. Dessa forma, o trabalho permitiu perceber que a terapia grupal em hospitais psiquiátricos é tão importante para os pacientes, quanto para os familiares que os acompanham, pois favorece o fortalecimento dos laços familiares, melhora a interação entre equipe-paciente, ao estabelecer uma relação de confiança, além de contribuir para o sucesso do tratamento farmacológico.