Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título AVALIAÇÃO DO SOFRIMENTO MORAL EM TRABALHADORES DE ENFERMAGEM DE HEMATO ONCOLOGIA
Autores
VALÉRIA LERCH LUNARDI (Relator)
ISOLINA MARIA ALBERTO FRUET
GRAZIELE DE LIMA DALMOLIN
Modalidade Pôster
Área Trabalho, Legislação e Ética
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O cuidado de enfermagem, especificamente em hemato oncologia, compreende o conhecimento técnico-científico necessário bem como dedicação e sensibilidade no tratamento com esses pacientes, pois muitas vezes convive com situações de cura e com aquelas em que a cura não é mais possível, e de frustração para pacientes e trabalhadores com o tratamento que não apresenta um bom prognóstico. Diante disso, os trabalhadores de enfermagem podem vivenciar situações conflituosas e dilemáticas, necessitando, muitas vezes, agir de forma incompatível com seus valores pessoais e profissionais, o que pode levá-los a vivenciar sofrimento moral.Objetivo:Avaliar a frequência e intensidade do sofrimento moral vivenciado pelos trabalhadores de enfermagem de um serviço de hemato oncologia. Metodologia: Estudo transversal realizado com 46 trabalhadores da enfermagem de um serviço de hemato-oncologia de um hospital universitário da região central do Rio Grande do Sul, por meio da aplicação do Moral Distress Scale-Versão brasileira. Para análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva, com apresentação de medidas de tendência central e medidas de dispersão.Foram respeitados os aspectos éticos segundo Resolução 466/2012, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa local (Parecer CAAE: 24330213.8.0000.5346).Resultados: Os participantes da pesquisa foram na maioria do sexo feminino (95,7%), casados (76,1%), e média de 38,6 anos. Predominaram enfermeiros (50%) seguido de técnicos de enfermagem (39,1%) e auxiliares de enfermagem (10,9%).A maioria dos participantes atua na instituição pesquisada (60,9%) e no serviço de hemato-oncologia (71,7%) há menos de dez anos. Quanto à avaliação do sofrimento moral, considerando a distribuição numa escala likert de 0 a 6, constatou-se uma intensidade com média de 3,27 e desvio padrão de 1,79, enquanto a frequência identificada apresentou média de 1,72 e desvio padrão de 1,02.Conclusão: Considerando-se a intensidade de sofrimento moral numa classificação de moderada a alta, embora com menor frequência, acredita-se que espaços de discussão para esses trabalhadores, com melhorias na comunicação e condições de atuação, sejam necessários para melhor assistência aos pacientes e à própria saúde do trabalhador.