Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título RAIVA HUMANA: ASPECTOS GERAIS E TRATAMENTO
Autores
MARIA ANGELINA DA SILVA ZUQUE (Relator)
PEDRO LUIZ FARIA DOS REIS
FABRICIA TATIANE DA SILVA ZUQUE
ANA CAROLINA ZUQUE DE MEDEIROS
FLÁVIA RENATA DA SILVA ZUQUE
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
A raiva é uma entidade mórbida viral aguda, o vírus é neurotrópico e pertence ao gênero Lyssavirus da família Rhabdoviridae. A ocorrência da raiva humana é originada do contato acidental entre animais infectados com o vírus rábico e humano. É um assunto de grande magnitude, pela alta agressividade e letalidade da doença, podendo levar o indivíduo infectado a óbito em um curto espaço de tempo. Por meio de uma revisão literária e com o objetivo de descrever os aspectos gerais da raiva humana realizou-se o estudo. A doença é considerada uma antroprozoonose e a sua transmissão ocorre pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções do animal infectado, principalmente pela mordedura e lambedura. Na área urbana o cão é a fonte de infecção principal, e na cadeia silvestre é o morcego, mas outros mamíferos podem ser reservatórios para o vírus. O período de incubação pode levar dias ou até anos. Com prognóstico de ser letal em aproximadamente 100% dos casos, têm um alto custo na assistência preventiva. A profilaxia da RH deve ser iniciada o mais precocemente e inclui a utilização da vacina ou da vacina+soro conforme a avaliação no momento do atendimento. O homem apresenta inicialmente transformação de caráter, inquietude, perturbação do sono, podendo aparecer alterações na sensibilidade, queimação e formigamento e dor no local da mordida, pode durar de dois a quatro dias. Evolui levando o indivíduo a ter alucinações, acompanhado de febre muito alta, com medo de correntes de ar e principalmente medo de agua, dando o nome de hidrofobia de intensidade variável. Nos casos mais avançados surgem crises convulsivas periódicas e o sintoma mais semelhante entre o animal e o homem, são que sofrem espasmo na garganta levando o homem a gritar como se tivesse uivando e salivar pela boca, parecendo com espuma. A medida de controle para a raiva animal inclui a vacinação de cães e gatos anualmente, e de animais de produção quando for o caso; investigação de animais com caso suspeito; a retirada destes animais; a intensificação do envio de amostras para diagnóstico laboratorial. O primeiro relato de tratamento de Raiva Humana em paciente sem vacina ou soro antirrábico, com cura foi em 2004 nos EUA, e no Brasil em 2008 com o Protocolo do Recife, cuja aplicação deve ser orientada pelo Ministério da Saúde. Apesar desse protocolo, ainda não se pode dizer que ele seja a solução definitiva contra a raiva, em razão dos números encontrados.