Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA DEMANDA DE CUIDADO SOBRE PAPILOMAVÍRUS HUMANO NA CLÍNICA DA FAMÍLIA
Autores
CREIDIENE DOS SANTOS GOMES (Relator)
LETYCIA SARDINHA PEIXOTO MANHÃES
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Relato de experiência

Resumo
O Papiloma Vírus Humano (HPV), é um vírus transmitido por via sexual de maior incidência e prevalência do mundo, sendo ele o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de colo de útero. Sua detecção precoce é realizada por meio do exame Papanicolau que é preconizado a toda mulher que iniciou a vida sexual (CHAGAS, 2013). Sendo assim o estudo tem por objetivo Identificar a demanda de cuidado em saúde mulheres com risco de se contaminar pelo Papiloma Vírus Humano. Tratou-se de um relato de experiência sobre ações de educação em saúde realizada por uma acadêmica de enfermagem, tendo como cenário uma Clínica da Família do Município de São Fidélis, com 20 mulheres na faixa etária de 18 a 60 anos, que realizam acompanhamento ginecológico no cenário do estudo. Realizou-se grupos de roda de conversa com perguntas acerca do Papiloma Vírus Humano e como produto dos dados construiu-se com as participantes um cordel de perguntas e respostas para ficar exposto na Clínica da Família que foi cenário do Estudo. Seguiu-se a Análise de Conteúdo de Bardin. Os resultados apontaram que quase todas as mulheres não possuem conhecimento do que seja HPV, e nem das formas de prevenção, sendo que apenas 8 mulheres admitem usar preservativo na relação sexual, 6 mulheres que sabiam o que significa HPV, 4 mulheres sabiam o que significa Doença Sexualmente Transmissível (DST), 5 relatam fazer exames de saúde de rotina porém dessas apenas 3 afirmaram estar com o preventivo em dia. E do universo de participantes apenas 2 conheciam a vacina contra o HPV e sua importância. A construção do cordel foi uma forma produtiva de pôr em pratica tudo que foi aprendido entre elas, uma forma delas estarem expressando tudo que foi assimilado e compreendido, pois muitas delas se sentiam incapazes de fazer algo do tipo. A experiência revelou que, mesmo sendo oferecido gratuitamente, muitas mulheres não se submetem ao exame de Papanicolau, relatam que se sentem constrangidas, envergonhadas, com medo de sentir dor ou ocorrer sangramento, ou descobrirem algum resultado ruim. Assim, é indispensável que as ações de educação em saúde venham acompanhadas por ações concretas de humanização e de qualidade da assistência e obtenha-se um compartilhamento de saberes que promovam o autocuidado.