Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título CAMINHOS PERCORRIDOS E NECESSIDADE DE SUPORTE AO FAMILIAR NO ATENDIMENTO EMERGENCIAL
Autores
PAMELA DOS REIS (Relator)
JAMYLE RUBIO SOARES
SONIA SILVA MARCON
MAYCKEL DA SILVA BARRETO
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: percebe-se que a família ao ter um de seus membros acometido por uma enfermidade aguda e grave, vivencia experiências e sentimentos singulares os quais merecem e precisam ser analisados e compreendidos pelos profissionais de saúde para que ela também possa ser assistida de maneira qualificada neste momento de intenso sofrimento. Objetivo: Conhecer os caminhos percorridos pela família e as necessidades de suporte no atendimento emergencial a um de seus membros gravemente enfermo. Metodologia: estudo descritivo de natureza qualitativa realizado junto a 16 familiares de pessoas que foram atendidas na sala de emergência dos pronto-atendimentos de três municípios de pequeno porte do noroeste do Paraná. Para selecionar os sujeitos da pesquisa, foi solicitado aos enfermeiros das unidades que registrassem os dados dos pacientes que consideravam gravemente enfermos e 15 dias após o atendimento entrou-se em contato para o agendamento das entrevistas. A coleta de dados ocorreu entre agosto e setembro de 2015, no domicílio dos entrevistados e as falas foram áudio-gravadas e analisadas conforme a Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Resultados: Emergiram duas categorias temáticas “Necessidade de uma assistência atempada: ‘eu mesmo o levei’” e “Sentimentos experienciados no caminho até a unidade”. Para os familiares a espera pelo serviço de socorro é angustiante, e todos que tinham possibilidade, levaram o paciente sozinhos até a unidade. Nesse caminho, sentimentos como desespero, dúvidas e tristeza foram relatados. Conclusão: para a família o atendimento de emergência consiste em um momento sensível e delicado. Percebeu-se a necessidade de suporte aos familiares já no momento de regulação do serviço de socorro móvel pelo profissional que faz o atendimento, explicando riscos do transporte sem assistência profissional e orientando a conduta familiar. Conclui-se que existe necessidade de assistência por uma rede de suporte não só ao paciente, mas também aos seus familiares, cabendo aos profissionais de saúde estarem atentos às dificuldades e prestarem os cuidados necessários e possíveis por meio da rede assistencial de saúde.