Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E OBSTÉTRICO DE PUÉRPERAS INTERNADAS EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE FORTALEZA
Autores
MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA GUERREIRO (Relator)
BÁRBARA BRANDÃO LOPES
ANNE FAYMA CHAVES LOPES
HILANA DAYANA DODOU
MÔNICA OLIVEIRA BATISTA ORIÁ
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
O aleitamento materno desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento infantil, sendo uma estratégia impactante na redução da morbimortalidade infantil haja vista seus benefícios para o bebê. Porém, diversos fatores interferem nesse processo, sendo importante que o profissional de saúde conheça o perfil das mulheres na busca de traçar intervenções específicas e de qualidade. Objetivou-se traçar o perfil sociodemográfico e obstétrico de puérperas internadas em uma maternidade pública no município de Fortaleza-Ceará. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado no período de maio a agosto de 2015 no Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana no município de Fortaleza-Ceará. A amostra foi composta por 132 puérperas. A coleta dos dados ocorreu no alojamento conjunto do hospital através da aplicação de um formulário sobre dados sociodemográficos e antecedentes obstétricos. Os dados foram analisados estatisticamente através do programa Epiinfo versão 3.5.3. Esta pesquisa integra o projeto intitulado “TELEMONITORAMENTO PARA MELHORIA DA AUTOEFICÁCIA MATERNA NA AMAMENTAÇÃO”. Foram respeitados os aspectos éticos e legais segundo a Resolução 466/2012 (parecer nº. 1.026.156). A média de idade das puérperas foi de 23 anos, a maioria era casada ou viviam em união estável (77,3%), alta escolaridade (77,3%), renda de um salário mínimo ou menor (64,4%) e trabalhavam fora de casa (53,8%). Quanto a paridade, predominaram mulheres primíparas (56,1%), 62,1% não planejaram a gravidez, entretanto, a maioria delas (74,2%) compareceu a seis ou mais consultas do pré-natal. O parto predominante entre as mulheres entrevista foi o cesáreo (61,4%). Foi visto que 60,6% das entrevistadas não realizaram prática anterior de amamentação e 50,8% não amamentaram seus bebês imediatamente após o parto. Percebe-se, portanto, que as mulheres possuem perfil que a literatura aponta com risco para o desmame precoce, tais como: baixa renda, trabalhar fora de casa, não ter planejado a gravidez, não ter praticado anteriormente a amamentação e não ter amamentado seus bebês imediatamente após o parto. BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Nutrição Infantil: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar.Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2009b. TOMA, T. S.; REA, M. F. Benefícios da amamentação para a saúde da mulher e da criança: um ensaio sobre as evidências. Cad.SaúdePública, v. 24, n. 2, p. 235-246, 2008.