Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÃO MATERNA SOBRE O AUTISMO EM UM MUNICÍPIO DO SUDOESTE DO PARANÁ
Autores
DONARA BATISTA (Relator)
JÉSSICA PAOLA TOZATI MEDRADO
ÁLVARO LUIZ GUANCINO
GÉSSICA TUANI TEIXEIRA
JOLANA CRISTINA CAVALHEIRI
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: O Autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento, com início antes dos três anos de idade. Este transtorno compromete a fala, o comportamento, a interação social, resultando em atividades solitárias, repetitivas, restritas e estereotipadas. O Autismo atinge aproximadamente dois milhões de brasileiros, tendo prevalência maior em meninos. O diagnóstico pode ocorrer antes dos dois anos de idade, porém a detecção ainda ocorre após os quatro anos. Objetivo: Identificar a percepção materna sobre o Autismo, as dificuldades enfrentadas durante o tratamento e o perfil materno. Métodos: Estudo qualitativo, de cunho exploratório. A amostra foi constituída de dez mães, pertencentes à Associação de Proteção à Pessoa com Transtorno de Espectro Autista - AMA-FB, de Francisco Beltrão, Paraná, em setembro de 2015. Os instrumentos utilizados foram formulário estruturado e entrevista. Resultados: A faixa etária materna foi de 23 a 43 anos, predomínio de mulheres casadas, em exercício da atividade profissional, com ensino médio e superior completo e renda mensal de dois a quatro salários mínimos.Quanto aos portadores de Autismo, oito eram do sexo masculino e dois do sexo feminino; a faixa etária variou de dois a doze anos. Quanto ao tratamento realizado por eles houve predomínio de acompanhamento fonoaudiólogo, equoterapia, fisioterapia, uso de fármacos, tratamento psicológico. No discurso das mães entrevistadas observou-se o choque com o diagnóstico e a falta de conhecimento sobre a síndrome, sendo a fala dificultada ou inexistente a maior dificuldade. As mães relataram a ausência de suporte familiar em muitos casos, sendo a AMA e a APAE os principais contribuintes para o desenvolvimento de seus filhos. Conclusão: Tendo em vista a dificuldade no diagnóstico, o profissional de enfermagem tem papel fundamental na detecção dos sinais do transtorno, podendo ofertar um atendimento humanizado. Verificou-se que as terapias são os principais tratamentos realizados e que as mães recebem maior apoio de entidades do que familiar.