Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título ACOMPANHANTE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: NOVAS PERSPECTIVAS DE CUIDADO
Autores
GABRIEL NOLETO ROCHA DO NASCIMENTO (Relator)
JÉSSICA DIAS FERREIRA
LAYS ANDRADE DE OLIVEIRA
JOCILENE DE CARVALHO MIRAVETI
FERNANDA BELONI MACIEL
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: A Política Nacional de Humanização (PNH) de 2004 reconhece o direito ao acompanhante e os obstáculos da sua garantia diante da necessidade de criação de um ambiente relacional e da falta de estrutura física das instituições de saúde para a acomodação dos mesmos. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) difere das demais clínicas pela complexidade de cuidados e pelas normas e rotinas rígidas, resistindo em adotar práticas mais humanizadas argumentando as peculiaridades do serviço. Em contrapartida, a prática de residentes de enfermagem do Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso com Ênfase em Atenção Cardiovascular, proporcionou vivenciar situações de liberação de acompanhante para casos especiais refletindo a possibilidade de mudanças positivas e desmistificando à inflexibilidade das normas em UTI. Objetivo: Relatar a experiência da permanência do acompanhante em UTI. Metodologia: Relato de experiência sobre a liberação de acompanhante em uma UTI oncológica de Cuiabá – Mato Grosso. Discussão: A característica do atendimento na UTI envolve complexidade tecnológica, gravidade da doença e a necessidade de ação imediata pelos profissionais que atuam nesta área a priorizar as atividades técnicas. As normas e rotinas são rígidas em relação às visitas e aos acompanhantes e é determinado o horário e número de pessoas que podem visitá-los, favorecendo a instituição e não o doente. Dessa forma, a experiência vivenciada em que um adulto jovem em situação de instabilidade emocional e agressividade com os profissionais, teve a autorização consensual de toda a equipe, em ter a permanência do acompanhante, foi surpreendente. A partir disso, a melhora no humor e otimismo em relação a situação de doença foi instantânea, reafirmando a presença do familiar como fonte de segurança e conforto ao doente. Conclusão: A permanência do acompanhante durante a internação em UTI favorece o tratamento e não deve ser vista como uma ameaça a instituição e os profissionais da saúde que praticam o cuidado com qualidade. O acompanhante também é o elo com a equipe multiprofissional, pode ser foco de educação em saúde assim como ajuda em potencial na assistência ao familiar. A permanência de um acompanhante contribui para a humanização e transparência no cuidado em enfermagem. Referência: SANCHES, I.C.P. et. al. Acompanhamento hospitalar: direito ou concessão ao usuário hospitalizado. Ciênc. Saúde Coletiva. v. 18. n. 1. p. 67 – 76. 2013.