Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título CÂMARA TÉCNICA DE OBSTETRICIA DO CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE MG: CONTRIBUIÇÕES À ENFERMAGEM OBSTETRICA
Autores
VERA CRISTINA AUGUSTA MARQUES BONAZZI (Relator)
VALDECYR HERDY ALVES
RITA DE CASSIA MARQUES
LELIA MARIA MADEIRA
MARIA DO ROZARIO DE FATIMA BORGES SAMPAIIO
Modalidade Pôster
Área Trabalho, Legislação e Ética
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: No Brasil, à partir do século XX, o parto passou a ser predominantemente hospitalar, Tendo início o universo da assistência mecanicista na atenção ao parto. No final da década 1980, o movimento pela humanização do parto e nascimento propôs mudanças no modelo de atenção ao parto hospitalar, baseadas na publicação da OMS-1985, dentre as recomendações destaca-se o incentivo à atuação de enfermeiras obstétricas no parto normal. O Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais, frente ao cenário e diante de questões demandadas pela enfermagem obstétrica, cria em 2007 a Câmara Técnica de Obstetrícia. OBJETIVO: Descrever o processo histórico da criação da Câmara Técnica de Obstetrícia do Conselho Regional de Minas Gerais e suas contribuições á Enfermagem Obstétrica. METODOLOGIA: estudo descritivo, sócio-histórico, qualitativa, período de 2007 e 2012. Sujeitos do estudo: dois enfermeiros obstetras integrantes da Câmara Técnica. Os dados foram coletados no período de janeiro a junho de 2014 e submetidos à análise crítica do discurso, segundo Fairclough. RESULTADOS: A criação da Câmara Técnica de Obstetrícia do conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais, foi um marco histórico de apoio à Enfermagem Obstétrica, pois mobilizou o Sistema COFEN/Conselhos Regionais, ABENFO, Instituições de Ensino e de Serviço, Ministério da Saúde e a própria sociedade e promoveu ações que permitiram visibilidade e reconhecimento do trabalho da Enfermeira Obstétrica como estratégia para a mudança de modelo assistencial, melhoria da qualidade da assistência à mulher, recém-nascido e família, visando a redução das taxas de cesariana. Constatou-se avanços sociais e políticos para Enfermagem e para Enfermeiros Obstetras. Estas ações contribuíram para a mudança de visão dos profissionais sobre o Conselho, não somente como um órgão fiscalizador, mas também como instituição que os representam e apoiam nos momentos que se põe em dúvida a legalidade e autonomia de sua atuação na Assistência ao parto e nascimento e maior visibilidade e reconhecimento desta atuação pela equipe, pelos gestores e principalmente pela sociedade. CONCLUSÃO: Neste estudo percebeu-se a necessidade de ampliar o conhecimento histórico nos espaços acadêmicos, sócio políticos e compreender que a história proporciona configurações no marco histórico, para o avanço não somente na prática, mas também na história e identidade da Enfermagem Obstétrica.