Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título AUSÊNCIA DO AMBIENTE DOMICILIAR: SENTIMENTOS VIVENCIADOS POR CRIANÇAS DE 1 A 5 ANOS DE IDADE
Autores
ANNY BEATRIZ COSTA ANTONY DE ANDRADE (Relator)
SINEIDE SANTOS DE SOUZA
CAROLINE BRELAZ CHAVES VALOIS
Modalidade Pôster
Área Trabalho, Legislação e Ética
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: A internação hospitalar infantil possui peculiaridades. A distância do ambiente domiciliar e falta de compreensão sobre a necessidade de ser hospitalizada pode ocasionar sentimentos de medo, raiva, apatia, estresse e agressividade, o que implica negativamente em sua recuperação e prolonga sua internação. OBJETIVO: Relatar sentimentos vivenciados por crianças hospitalizadas na enfermaria do Pronto Socorro da Criança Zona Sul, em Manaus. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional desenvolvido durante junho de 2016, enquanto ocorriam as práticas do Estágio Curricular I do curso de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) no referido pronto socorro. Os pacientes estavam entre as faixas etárias de 1 a 5 anos de idade. RESULTADOS: Observou-se a presença de sentimentos como o medo, a raiva, agressividade, sentimentos depressivos e estresse. Os achados corroboram com a afirmação sobre o sentimento de medo estar relacionado ao desconhecimento do ambiente hospitalar e da necessidade de estar no local. A agressividade apresentada está relacionada a falta de apoio emocional para o enfrentamento da dor. A distância do ambiente domiciliar e as restrições do hospital causam depressão e apatia, o que influencia negativamente no tratamento, aumentando o período de internação. As brinquedotecas em hospitais funcionam como ambiente diferenciado na assistência, onde a criança pode desenhar, pintar e estudar, reduzindo seu sentimento de apatia e humor depressivo. CONCLUSÃO: A internação hospitalar da criança é um momento caracterizado pelo medo, pela distância do domicílio, amigos, família e escola. É necessário pensar no desenvolvimento de espaços e momentos diferenciados, onde a criança possa exercer brincadeiras, pintura, leitura e estudar. O que a aproximará da sua realidade cotidiana, diminuindo a estigmatização da internação e reduzindo seu tempo de hospitalização. REFERÊNCIAS: CALVETTI, P. U.; SILVA, L. M.; GAUER, G. J. C. Psicologia da saúde e criança hospitalizada. PSIC - Revista de Psicologia da Vetor Editora, v.9, n.2, p.229-34, 2008. OLIVEIRA, G. F.; DANTAS, F. D. C.; FONSÊCA, P. N. O impacto da hospitalização em crianças de 1 a 5 anos de idade. V Congresso Brasileiro de Psicologia Hospitalar. São Paulo, 2005. SILVA, M. L.; REIS, P. S. A.; OLIVEIRA, A. C. S. B. Reflexão sobre a pedagogia hospitalar em alguns hospitais de recife: em respeito ao direito à educação da criança e do adolescente. Centro de Educação da UFPE, 2009.