Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÃO DA COMUNIDADE BARRAGARCENSE SOBRE A LUTA ANTIMANICOMIAL
Autores
TAYANE PRÓSPERO CARDOSO (Relator)
TAYLA QUÉREM DOS SANTOS BASSO
ADAENE ALVES MACHADO DE MOURA
MARCOS VITOR NAVES CARRIJO
ALISSÉIA GUIMARÃES LEMES
Modalidade Pôster
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Pesquisa

Resumo
Em 1978, o movimento pela Luta Antimanicomial (LTA) têm início como Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), devido a desassistência as pessoas com doença mental, dando assim início ao desafio de transformar a relação da sociedade e do estado com a loucura, caracterizando-se pela luta aos direitos das pessoas com sofrimento mental. Teve como objetivo descrever a percepção da comunidade sobre a Luta Antimanicomial. Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória com abordagem quantitativa, realizada no dia 18 de maio de 2016, em uma das ações da LTA, realizadas pelo projeto de extensão e pesquisa em Saúde Mental da UFMT/CUA em Barra do Garças-MT. Utilizou-se como instrumento um questionário semiestruturado. O estudo conta com aprovação ética da UFMT/CUA nº 515/705. Quantos aos resultados: participaram da pesquisa 250 pessoas transeuntes no local da ação (praça central de Barra do Garças-MT) em sua maioria do gênero masculino (58%), com faixa etária de 18 a 59 anos, 21% cursou até ensino fundamental incompleto e 26% ensino médio completo. Quanto a percepção da LTA, o estudo revelou que apenas 15% das pessoas reconheceram que dia 18 de maio se comemora nacionalmente o movimento Antimanicomial e 12% já ouviram falar sobre a Reforma Psiquiátrica. Para 90% dos participantes as ações realizadas pelo projeto ajudam a diminuir o preconceito em relação as doenças mentais. Quanto ao local para tratamento das pessoas com transtornos mentais 52% acreditam que deve ser em hospitais psiquiátricos. Posterior à aplicação do questionário, a equipe orientou os participantes sobre a temática e entregou um folder explicativo com informações sobre a reforma psiquiátrica e o movimento da LTA. Diante do exposto a pesquisa revelou que as pessoas ainda acreditam que as doentes mentais deveriam ser tratadas em hospitais psiquiátricos, contradizendo o movimento da reforma psiquiátrica, revelando a necessidade de desenvolver ações que contribuam para a desmistificação da loucura, para proporcionar novos conhecimentos à comunidade, desenvolvendo indivíduos mais sensíveis à compreensão da dimensão do sofrimento mental, de forma a identificar os valores do ser humano e acolhê-los nas suas particularidades.