Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título IMPACTO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA NAS FAMÍLIAS COM PACIENTES CADASTRADOS EM UM CAPS NO MUNICÍPIO DE MANAUS-AMAZO
Autores
VALDELIZE ELVAS PINHEIRO (Relator)
YANNA DE CARVALHO LIMA HAGE
Modalidade Pôster
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
A Reforma Psiquiátrica é uma mudança no sistema de Saúde Mental a qual tem objetivo de reorientar o modelo assistencial de hospitalocêntrico para terapêutico, com a implementação de centros e núcleos de apoio psicossocial, promovendo o interesse dos familiares em acompanhar o tratamento. O estudo teve como objetivo geral avaliar o impacto da Reforma Psiquiátrica nas famílias com pacientes cadastrados em um CAPS em Manaus e como objetivos específicos Identificar o significado do cuidado e possível sobrecarga para lidar com o portador de doença mental; Verificar qual tipo de suporte a família recebe para o cuidado; Investigar o modelo assistencial preferencial das famílias que cuidam de doentes mentais; e Pesquisar a opinião dos familiares sobre o impacto da Reforma Psiquiátrica.Tratou-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa e quantitativa, cujos dados foram obtidos através de um instrumentos com questões norteadas pelos objetivos. Participaram do estudo 114 famílias de pacientes cadastrados no Centro de Atenção Psicossocial tipo II – CAPS II, com atendimento adulto diurno, tendo como critérios de inclusão familiares maiores de 18 anos, familiares que acompanhavam o tratamento do paciente no CAPS, os que concordassem em participar deveriam assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e não terem etnia indígena. Aprovado pelo CEP/UEA, com o CAAE Numero 44869515.5.0000.5016. Os resultados obtidos mostraram que há falhas no acompanhamento do familiar com o usuário do CAPS, pois a maioria deles não participa das atividades oferecidas pelo CAPS. Constatou-se que houve impacto tanto positivo quanto negativo, nas famílias com os pacientes psiquiátricos. A maioria apoia a mudança no sistema de saúde mental, pois houve melhora no relacionamento e comportamento do familiar, mas para outros familiares essa mudança gerou uma sobrecarga pelas dificuldades resultantes do atendimento, principalmente, à falta de independência do doente mental e o difícil manejo por ocasião de surtos da doença. Com esse estudo concluiu-se que há divergências de opiniões dos familiares concernentes à mudança de modelo assistencial, mas a maioria apoia e prefere o modelo terapêutico oriundo da implantação da reforma psiquiátrica. O estudo recomenda que sejam reforçadas as ações de atendimento às famílias, como acolhimento, orientação e suporte, inserindo-as no Plano Terapêutico Singular do usuário, para que estejam presentes e participem do cuidado.