Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título TERMINALIDADE DA VIDA: PERCEPÇÕES DE UMA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA
Autores
ANNY BEATRIZ COSTA ANTONY DE ANDRADE (Relator)
SINEIDE SANTOS DE SOUZA
ALAIDISTÂNIA APARECIDA FERREIRA
Modalidade Pôster
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: A assistência pediátrica abarca diversas peculiaridades, dentre elas o vínculo que o profissional de saúde precisa estabelecer com a criança, para um acompanhamento efetivo. O óbito infantil é uma realidade que necessita ser discutida, pois estudos apontam a dificuldade no enfrentamento da morte vivenciada pelo enfermeiro, profissional que atua diretamente no cuidado aos pacientes e família, através dos vínculos estabelecidos. OBJETIVO: Relatar a percepção de uma acadêmica de enfermagem frente a terminalidade da vida infantil. METODOLOGIA: Esta reflexão é fruto de uma vivência na emergência do Pronto Socorro da Criança Zona Sul (PSCZS) em Manaus-AM, em junho de 2016. Foi prestada assistência a uma lactente com 9 meses de vida, proveniente do interior do Amazonas, diagnosticada com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). A criança estava entubada e apresentou baixo nível de saturação, diminuição da frequência cardíaca, além de cianose nas mucosas e extremidades. Foi iniciado o processo de reanimação pediátrica segundo o protocolo, sendo o óbito declarado após 30 minutos de reanimação. RESULTADOS: Visto que o êxito desejado não foi alcançado, percebeu-se o sentimento de impotência e despreparo para vivenciar este momento, como futura profissional. Sentimentos semelhantes são encontrados na literatura, relacionados a difícil aceitabilidade do óbito infantil para o enfermeiro, visto que este é apenas preparado para prestar a assistência que colabore com a manutenção da vida. Observa-se dentro da academia poucas discussões relacionadas a terminalidade da vida infantil e a abordagem familiar nesta situação, é um assunto evitado por muitos, visto que a morte na infância rompe a ordem natural do ciclo vital, o que fortalece o sentimento de impotência dos profissionais e de perda/inconformidade pela família. CONCLUSÃO: Na saúde da criança, a construção do vínculo permite a prestação de um cuidado efetivo, sendo necessário que o enfermeiro seja capacitado para o enfrentamento do óbito infantil, seja através de capacitações ou discussões no ambiente de trabalho sobre o tema. Desta forma pode oferecer suporte emocional à família da criança, que vivencia o triste sentimento de perda. REFERÊNCIAS: MENIN, G. E.; PETTENON, M. K. Terminalidade da vida infantil: percepções e sentimentos de enfermeiros. Rev. bioét. (Impr.), v.23, n.3, p.608-614. 2015.