Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE MATO GROSSO
Autores
WEVERTON CASTRO COELHO SILVA (Relator)
SIMONE BARBOSA DE SOUSA
ELEOMAR VILELA DE MORAES
FLÁVIA LÚCIA DAVID
OLEGÁRIO ROSA DE TOLEDO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Monografia

Resumo
Introdução A RDC nº 140 de 2003 da ANVISA conceitua interação medicamentosa (IM) como sendo uma resposta farmacológica ou clínica, resultante da associação de medicamentos que tem como consequência o aumento ou diminuição dos efeitos desejados e/ou os eventos adversos. Podendo ocorrer interação entre dois medicamentos, medicamento-alimento, medicamento-exames laboratoriais e medicamento-substâncias químicas1.Objetivos: avaliar as possíveis interações medicamentosas (IMs) em pacientes internados no hospital público de Barra do Garças – MT. Métodos: Estudo farmacoepidemiologico, descritivo, retrospectivo, que investigou 600 prontuários de pacientes internados no período de janeiro de 2009 a novembro de 2011. As interações medicamentosas foram identificadas e classificadas empregando o programa Micromedex 2.0®. As análises estatísticas foram feitas pelo programa Epi Info versão 3.5.2®. Resultados: O medicamento mais prescrito foi cloridrato de ranitidina. Ocorreu uma média de 4,1±4,1 IMs, sendo que destas a mais frequente ocorreu entre a aminofilina e cloridrato de ranitidina. As possíveis IMs classificadas como moderadas foram as mais frequentes, porém ocorreram 23,7% de IMs graves. O principal motivo de internação segundo o CID-10 foi doenças do aparelho respiratório. O principal desfecho clínico foi alta, no entanto, cerca de 10% faleceram. Pacientes com IM apresentaram seis vezes mais chances de ocorrência de óbito quando comparados com pacientes que não apresentaram IM. Pacientes que apresentam IM tem duas vezes aumentada a possibilidades de ficarem mais de cinco dias hospitalizados e quase quatro vezes a chance de realizar mais de cinco exames. A média de medicamentos prescritos para pacientes com IM foi maior em relação à média de medicamentos prescritos a pacientes sem IM. Conclusão: É necessária uma atenção maior a farmacoterapia com o objetivo de minimizar ou prevenir a ocorrência de IM e possivelmente controlar uma condição de extrema importância em termos de saúde pública.