Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título COMPLICAÇÕES AGUDAS EM PACIENTES RENAIS DURANTE AS SESSÕES DE HEMODIÁLISE
Autores
KAROLINY MENDES DA SILVA (Relator)
ALCIONE LESCANO DE SOUZA JUNIOR
SHAIANA VILELLA HARTWIG
ELIANE IGNOTTI
Modalidade Comunicação coordenada
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Monografia

Resumo
Diversas complicações agudas estão relacionadas ao tratamento hemodialítico, podendo a longo prazo, acarretar em complicações crônicas. Objetivo apresentar o perfil epidemiológico bem como as complicações mais comuns nos indivíduos em tratamento hemodialítico. Estudo epidemiológico descritivo transversal, constituído por 74 indivíduos em tratamento hemodialítico no oeste de Mato Grosso. Para a inclusão na amostra foram utilizados os seguintes critérios: pacientes maiores de 18 anos em tratamento hemodialítico por no mínimo 3 meses, constituindo-se assim pacientes crônicos. Foram excluídos da amostra indivíduos que não corresponderam a esses critérios. Os dados foram coletados a partir de informações contidas nas fichas de enfermagem presentes nos prontuários clínicos em um período de 60 dias (janeiro a fevereiro 2015). Dentre os 74 indivíduos em tratamento hemodialítico, 54,1% são do sexo masculino e 45,9% do sexo feminino. A média da idade dos mesmos é de 56,5 anos (desvio padrão = 12,67 %), sendo a idade mínima de 27 e a máxima 87 anos. A hipertensão consiste como doença de base de maior prevalência com 45,9% dos indivíduos, seguida por Diabetes e Hipertensão 18,9%, Nefroesclerose 9,5% e Glomerulonefrite 8,1%. As complicações de maior prevalência durante o período em estudo foram crises hipertensivas (87,8%) e hipotensão (51,4%). Ainda, 23% da amostra, apresentaram outras complicações como náuseas, cefaleia, mialgia, diarreia, vômitos, sudorese, calafrios, fraqueza e algia. 20,3% destes indivíduos, apresentaram crises hipertensivas associadas a estas complicações, e apenas 5,4% associadas a hipotensão. A hipotensão arterial, náuseas, vômitos, cefaleia, dor torácica e calafrios são complicações agudas relacionadas ao tratamento de importante relevância. Contudo, existem importantes complicações crônicas relacionadas ao estabelecimento da HAS, já que, pelo menos 80% dos pacientes que iniciam o tratamento hemodialítico estão hipertensos, constituindo importante fator de risco para o desenvolvimento de complicações cardiovasculares, haja vista sua alta taxa de mortalidade, superando, até mesmo, os abandonos voluntários ao tratamento hemodialítico. Este estudo está sendo conduzido para encontrar associação entre parâmetros fisiológicos e/ou farmacológicos com as complicações, podendo ser fonte de possíveis intervenções para a equipe multiprofissional que presta assistência a esses pacientes, melhorando assim a qualidade do serviço prestado.