Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título TENDÊNCIA DOS INDICADORES DE HANSENÍASE EM MENORES DE QUINZE ANOS NO MATO GROSSO (2001-2013)
Autores
BRUNA HINNAH BORGES MARTINS DE FREITAS (Relator)
DENISE DA COSTA BOAMORTE CORTELA
SILVANA MARGARIDA BENEVIDES FERREIRA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: a hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica que atinge predominantemente a pele e nervos periféricos podendo causar deformidades e incapacidades físicas. Em áreas endêmicas há maior probabilidade de menores de quinze anos serem acometidos pela doença. O estado de Mato Grosso é o que apresenta maior detecção no país, portanto a análise dos indicadores de hanseníase em menores de quinze anos no estado é necessária para se conhecer as características epidemiológicas locais e o desempenho do sistema de saúde na vigilância de hanseníase. Estes podem ser utilizados para auxiliar no planejamento em saúde e na implementação das políticas prioritárias a fim de se reduzir seu coeficiente de detecção. Objetivos: Descrever a tendência histórica dos indicadores de hanseníase em menores de quinze anos registrados no Sistema Nacional de Agravos de Notificação, no período de 2001 a 2013. Metodologia: Estudo descritivo que utilizou o procedimento de Prais-Winsten para análise de regressão linear generalizada ao nível de significância de 5%. Considerou-se como tendência crescente quando a taxa de incremento anual foi positiva, decrescente quando negativa e estacionária quando não houve diferença significante entre seu valor e o zero. Resultados: Foram analisados 2455 casos de hanseníase e o coeficiente médio de detecção em menores de quinze anos foi de 22,7 por 100 mil habitantes. A tendência geral do coeficiente de incidência foi decrescente, com uma taxa anual média de -5,5% (IC 95%: -7,5 – -3,5). Observou-se tendência de crescimento com incremento de 6,7% (IC 95%: 2,7 –10,8) na proporção dos casos multibacilares, de 9,4% (IC 95%: 4,4 – 14,7) dos casos com forma clínica dimorfa e de 14,0% (IC 95%: 7,9 – 20,4) dos casos com incapacidade física grau 2 no momento do diagnóstico da doença. Verificou-se crescimento na proporção dos contatos de casos novos examinados, com incremento de 4,1% (IC 95%: 1,2 – 7,1) e média da proporção de cura considerada precária no estado (39,7%) com tendência estacionária. Conclusão: A tendência histórica dos casos de hanseníase em menores de quinze anos mostrou-se decrescente no período, entretanto as tendências da proporção de casos multibacilares, de incapacidade física grau 2 e de cura, indicam o diagnóstico tardio com permanência de fontes de transmissibilidade no estado.