Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PREVALÊNCIA DE ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO POR PACIENTES DIABÉTICOS NA ATENÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE B
Autores
TARCIA MILLENE DE ALMEIDA COSTA BARRETO (Relator)
JACKELINE DA COSTA MACIEL
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Pesquisa

Resumo
As complicações agudas e crônicas do diabetes causam alta morbimortalidade, acarretando altos custos para os sistemas de saúde no mundo inteiro. Diversas estratégias são adotadas pelo Ministério da Saúde para controle e tratamento do Diabetes Mellitus (DM), porém há baixa adesão ao tratamento medicamentoso, aumento de comorbidades e complicações decorrentes da doença. Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a prevalência de adesão ao tratamento medicamentoso por pacientes diabéticos nas unidades básicas de saúde do município de Boa Vista-RR, identificando as ações que fomentam esta adesão. Trata-se de estudo descritivo, analítico, de abordagem quantitativa e base populacional, baseada em aplicação de questionário semiestruturado aos pacientes diabéticos que frequentam as unidades básicas de saúde de Boa Vista-RR. Foram também utilizados como instrumentos de avaliação da adesão dois testes padronizados, o teste de Batalla e o de Morisky-Green. Do total de entrevistados (n=114), foi identificado: maior prevalência de DM em idosos, com uma média de idade de 62,17 ± 11,83 anos, mulheres (78%), casados (40,35%), com baixa escolaridade (ensino fundamental incompleto, 57,89%), renda familiar menor que 1 salário mínimo (63,16%), sendo 50% (n=57) aposentados. O tempo de diagnóstico relatado da doença foi de 8,28 ± 7,75 anos. Nos testes de adesão, foi observado, segundo o teste de Batalla, que somente 29,82% (n=37) dos pacientes diabéticos são aderentes ao tratamento medicamentoso. Com o teste de Morisky-Green, a adesão foi 27,19% (n=31). Quanto aos fatores que pudessem interferir na adesão ao tratamento, foi avaliada a associação entre adesão (Teste de Morisky-Green) e componentes do controle metabólico do DM. Observou-se que, entre os aderentes ao tratamento, 87,10% (n=27) têm cumprido o período de três meses para consultas médicas, 58,06% (n=18) possuem comorbidades e 90,32% (n=28) não participam de grupos de apoio. Também foi analisada a relação existente entre a adesão ao tratamento e o tempo de tratamento, tendo sido observado maior adesão entre os que tinham mais anos de tratamento da doença. A pesquisa se caracteriza como fonte potencial de informação para o desenvolvimento de estratégias de promoção à saúde por meio de políticas públicas, podendo ainda subsidiar pesquisas futuras.