Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título A UTILIZAÇÃO DE BOAS PRÁTICAS DE ATENÇÃO AO PARTO E NASCIMENTO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Autores
RENATA CRISTINA TEIXEIRA (Relator)
RENATA MARIEN KNUPP
ANA BEATRIZ NICOLINI
ALINE SPANEVELLO ALVARES
AUREA CHRISTINA DE PAULA CORREA 265.943.661/49
Modalidade Comunicação coordenada
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Atualmente, o modelo de assistência obstétrica hegemônico no Brasil é altamente tecnológico, intervencionista e medicalizado. Paradoxalmente, está comprovada a necessidade de implementar um novo paradigma assistencial alicerçado nos princípios da humanização. Neste sentido, recomenda-se que a condução do parto e do nascimento seja pautada nas Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento, elaboradas pela Organização Mundial da Saúde e baseadas em evidências científicas. Este estudo objetivou caracterizar as mulheres em situação de parto atendidas em um hospital universitário e descrever a utilização de Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento nesses atendimentos. Pesquisa transversal realizada em uma unidade de Pré-parto/Parto/Pós-Parto (PPP). A amostra foi constituída por registros relativos a 701 partos normais ocorridos entre os anos de 2014 e 2016. Os dados foram organizados com uso do software Excel e analisados no Epi Info versão 7. A idade das mulheres variou entre 12 e 45 anos, predominando a faixa etária entre 20 e 29 anos (52,8%). Prevaleceram as parturientes nulíparas (36,9%), seguidas das multíparas (34,7%). A maior parte recebeu assistência pré-natal (97,2%), e destas, 71,9% realizaram seis ou mais consultas. A maioria dos partos foram a termo (88%), e 88,7% das mulheres optaram pela presença de um acompanhante, sendo o companheiro o eleito em 38,7% dos casos. As posições verticalizadas no período expulsivo foram frequentes (70,4%), predominando a posição semi-sentada (44,2%), as práticas que não interferem na fisiologia do parto foram utilizadas em 83% dos partos, com destaque para a deambulação, o banho de aspersão, o uso da bola suíça e o agachamento. Poucas mulheres foram submetidas a episiotomia (8,8%). Após o nascimento, 76% dos recém-nascidos tiveram os cordões umbilicais clampeados em tempo oportuno, 73,1% foram mantidos em contato pele a pele precoce e 80% foram amamentados na primeira hora de vida. Conclui-se que a utilização de Boas Práticas na assistência ao parto e nascimento pela equipe multiprofissional do hospital pesquisado, com destaque para as enfermeiras obstétricas, qualificou a assistência prestada às parturientes e reduziu o índice de intervenções sem indicações clínicas.