Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título AVALIAÇÃO DO PROGRAMA HIPERDIA NO EXTREMO NORTE DO PAÍS: NA PERCEPÇÃO DO USUÁRIO DA REDE
Autores
TARCIA MILLENE DE ALMEIDA COSTA BARRETO (Relator)
LANNA JENNIFER SILVA RODRIGUES
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Pesquisa

Resumo
O Brasil tem passado por transição epidemiológica, econômica e social, que pode ser vista pelo aumento de portadores de doenças crônicas não transmissíveis, evidenciando a necessidade de implantação de políticas públicas de saúde que assistam esses indivíduos e suas famílias. Diante disso, o Ministério da Saúde, no ano de 2002, criou o Programa de acompanhamento para hipertensos e diabéticos, denominado Hiperdia, cuja principal função é cadastrar e acompanhar essa população. Esse estudo teve como objetivos avaliar o funcionamento do programa Hiperdia, conhecer as ações de promoção à saúde desenvolvidas nas unidades básicas de saúde e as principais fragilidades do programa, na percepção do usuário. Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, de cunho quantitativo e descritivo. Na presente pesquisa foram visitadas 20 unidades básicas de saúde, durante o período de julho de 2015 a Maio de 2016, obtendo-se amostra de 115 participantes. Quanto ao perfil foi constatado que 68% dos entrevistados são do sexo feminino, com prevalência de idade entre as faixas etárias de 51 a 70 anos de idade (64%), sendo 51% aposentados. Teve predomínio de renda menor ou igual a 1 salário mínimo ao mês. No que tange orientação sobre a utilização do(s) medicamento(s) 92% dos participantes afirmaram ter recebido informações, a respeito de quem orientou sobre o uso dos fármacos, os mais citados foram médico, enfermeiro e nutricionista, com as porcentagens de 82%, 3% e 2% na respectiva ordem. . Em relação ao profissional que mais realiza orientação sobre cuidados e controle, também acompanhamento, o médico aparece com a representatividade de 43%, seguido pelo agente comunitário de saúde (37%), e posteriormente o enfermeiro (11%), ficando o restante da porcentagem dividido entre outros profissionais. 89% dos entrevistados declararam não participar de grupos de apoio em suas unidades. Quando indagados acerca da participação em atividades de educação em saúde listadas no instrumento de coleta de dados 82% dos participantes relataram não participar de atividades, tais como palestras, atendimento em grupo entre outros. No tocante a avaliação de resultados após o acompanhamento pelo programa Hiperdia 51% consideram seu quadro positivo, ou seja, com melhoras em relação à situação anterior. Quanto às atividades desenvolvidas nas unidades básicas de saúde, pode-se perceber uma carência de ações que atendam sendo necessárias intervenções para que se possa aproximar a realidade vivenciada.