Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PERCEPÇÃO DAS MULHERES QUANTO À GRAVIDEZ E SUA INTERFERÊNCIA NA REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL EM ARACAJU-SE
Autores
ROSEMAR BARBOSA MENDES (Relator)
JOSÉ MARCOS DE JESUS SANTOS
RICARDO QUEIROZ GURGEL
ANA CARLA FERREIRA SILVA DOS SANTOS
DANIELA SIQUEIRA PRADO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A gravidez é um momento de importantes reestruturações na vida da mulher, com mudanças de ordem biológica, social, somática e psicológica. No que se refere às mudanças psicológicas e seus efeitos, um estudo nacional mostrou menor cobertura do pré-natal entre mulheres com percepções negativas no período gravídico-puerperal. Objetivo: Nesta perspectiva, o estudo objetivou avaliar a percepção da mulher em relação à gravidez e sua associação com a realização do pré-natal em Aracaju-SE. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, com abordagem descritiva e analítica, realizado por meio de entrevista com 444 puérperas durante a internação hospitalar. Os dados foram explorados pelas técnicas univariada e bivariada no software SPSS - Statistical Package for the Social Sciences, versão 20 para Windows. As associações foram investigadas por meio do valor de p com significância ˂ 0,05 no teste Qui-quadrado de independência de Pearson. O trabalho está vinculado à Pesquisa Nascer em Sergipe, iniciada em 2015, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAAE: 22488213.4.0000.5546). Resultados: Os resultados mostraram que apenas 38,1% das puérperas haviam planejado a gestação atual, além de relatos de parcial (25,5%) ou total (11,7%) insatisfação quando souberam que estavam grávidas e de tentativas de interrupção da mesma (5,6%). Porém, ainda assim, identificou-se elevada cobertura do pré-natal na capital sergipana (99,1%). Todavia, vale ressaltar que os menores percentuais de realização do pré-natal estão relacionados às mulheres que ficaram parcialmente insatisfeitas com a gestação (97,3%) (p= 0,030) e que tentaram interrompê-la (88%) (p= <0,001). Conclusão: Concluiu-se então que a maioria das gestações ocorreu sem um planejamento adequado, inclusive com percepções negativas e interferências na realização do pré-natal, sendo esta última mais acentuada nas mulheres parcialmente insatisfeitas quanto à gravidez e que relataram tentativas abortivas.