Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICOS DAS INFECÇÕS PUERPERAIS EM MATERNIDADE MUNICIPAL DE TERESINA
Autores
ANDREA MARCIA SOARES DA SILVA (Relator)
CAMILLA DE KÁSSIA CRUZ DA SILVA
ADRIELLY FERNANDES MARQUES CAVALCANTE
FILIPE AUGUSTO DE FREITAS SOARES
VERBÊNIA CIPRIANO FEITOSA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Monografia

Resumo
Define-se como infecção puerperal todo processo infeccioso que tem origem no aparelho genital após o parto, como as infecções uterinas, anexiais ou de ferida operatória ou por aquelas de origem extragenital, como as mastites, tromboflebites e as infecções urinárias. Sendo uma ocorrência comum, as infecções puerperais estão entre as principais causas de morbimortalidade materna no Brasil e no mundo, reafirmando-se, desta maneira, como importante problema de saúde pública. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo traçar o perfil sociodemográfico e clínico de puérperas admitidas em uma maternidade municipal de Teresina no ano de 2013 com diagnóstico clínico de infecção puerperal. Tratou-se de um estudo retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 50 prontuários de pacientes presentes na referida maternidade. Os dados foram coletados através de um formulário, sendo estes analisados segundo estatística descritiva pelo softwear Statistical Package for the Social Science (SSPS), versão 20.0. O projeto foi submetido à análise e aprovado pela Fundação Hospita¬lar de Teresina (FHT) sob o protocolo nº 0250057216/14 e aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa do Centro de Ensino Unificado de Teresina (CEP/CEUT), segundo protocolo nº 6202/2014. Quanto aos resultados, observou-se que a média de idade dessas puérperas era de 25,5 anos, estudaram até o ensino médio (66%), eram casadas/união estável (72%) e eram procedentes de Teresina-PI (78%). As principais queixas apresentadas na admissão foram: Febre e secreção transvaginal fétida (16%) e mama endurecida (14%). A cesárea foi a principal via de parto (58%) e predomínio de mulheres primíparas (46%). Os exames complementares mais realizados destacam-se o Hemograma (76%) e ultrassom transvaginal e abdominal (30%). A infecção mais prevalente foi a mastite (44%) e a infecção de ferida operatória de cesárea (26%). Os antibióticos mais prescritos foram clindamicina (24%) e gentamicina (25%). Neste estudo, concluiu-se que não existiu relação direta entre idade e a ocorrência de infecções puerperais e que a prevalência de partos cesáreos foi fator condicionante para a ocorrência destas complicações. Quanto à antibioticoterapia, percebe-se a necessidade de se instituir um protocolo local que padronize os antimicrobianos que deverão ser utilizados em determinados casos e tornar rotina a realização dos exames de cultura de secreção sempre que necessário.