Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÁISE EM MAIORES DE 18 ANOS DE 2004 A 2014 NA REGIÃO NORTE
Autores
HOSANA NOLASCO DOS SANTOS ALVES (Relator)
CRISTIANE LOPES MAIA
DÉBORA DE MATOS SILVA
ALINNY REZENDE DOS SANTOS
GISELLE CRISTINA DE ANDRADE
Modalidade Comunicação coordenada
Área Educação, Gestão e Política
Tipo Pesquisa

Resumo
A hanseníase ainda se mantém como um processo infeccioso crônico de elevada magnitude em vários países. Representa um grave problema de saúde pública apesar do empenho dos governos em sua eliminação. A hanseníase, no ano de 2014, em todo o mundo alcançou uma taxa de detecção de 213.899 casos novos, e 95% deles eram de países endêmicos. Objetivo é analisar o perfil epidemiológico dos novos casos de hanseníase em maiores de 18 anos no período de 2004 a 2014 no município de Ji-paraná, RO.Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo retrospectivo com dados obtidos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação. Observaram-se sexo, idade, escolaridade, raça, classificação operacional, forma clínica da doença, modo de detecção, modo de saída do serviço e grau de incapacidade física no diagnóstico e na alta e foi calculado o coeficiente de detecção anual da população geral por 100.000 habitantes.Foram notificados 1253 casos novos. O coeficiente de detecção de novos casos teve pico em 2006 (147/100.000) e menor índice em 2014 (41/100.000). Houve predominância em mulheres (51%); faixa etária de 18 a 29 anos (26,9%); pessoas de etnia parda (66%); com ensino fundamental incompleto (38,9%); classificação operacional paucibacilar (54,8%); forma clínica tuberculóide (41,7%); modo de detecção da doença por demanda espontânea (41,3%); e modo de saída do serviço por cura (84,7%). No diagnóstico, 98% dos casos notificados foram avaliados(1233) para incapacidades físicas e, na alta, 75% dos pacientes (935). Concluiu-se que o declínio no indicador de casos novos pode ser resultado de subnotificação. Como medidas para redução dos casos novos, sugere-se um esquema de acompanhamento do paciente após o tratamento poliquimioterápico, rastreamento de contatos, busca ativa de doentes, integração de serviços de saúde com outros serviços e mapeamento epidemiológico anual.