Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título ACEITAÇÃO DO DISPOSITIVO DE AUTOCOLETA POR MULHERES DE COMUNIDADES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Autores
JOSIANE MONTANHO MARIÑO (Relator)
RENATO DOS SANTOS REIS
KATIA LUZ TORRES SILVA
DANIELLE ALBUQUERQUE PIRES ROCHA
JOSÉ EDUARDO LEVI
Modalidade Comunicação coordenada
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Dissertação

Resumo
Introdução: No mundo, o câncer cervical é a quarta causa de câncer mais comum entre as mulheres. Na região amazônica o problema é ainda mais grave com altas taxas da doença. A prevenção é pautada em muitos países e no Brasil através de exame de Papanicolaou. No entanto, o rastreio do câncer cervical é um serviço de saúde crítico nos países em desenvolvimento. Objetivo: avaliar a aceitação do dispositivo de autocoleta por mulheres de comunidades ribeirinhas do município de Coari/AM. Metodologia: Estudo transversal com 412 mulheres ribeirinhas do município de Coari no período de agosto de 2014 a feverreiro de 2015, cuja amostra foi obtida por autocoleta utilizando a escova Rovers® Evalyn® e foram processadas utilizando teste rápido Onco E6™ (Arbor Vita Corporation-AVC, seguido do teste para DNA do HPV através de PCR genérico PGMY09/11 e genotipagem pelo PapilloCheck® (Greiner Bio-One, Germany). Em caso positivo para um dos testes foram submetidas a avaliação colposcópica, e exame histopatológico quando necessário. O consentimento informado foi solicitado e um questionário de caráter confidencial foi aplicado. Os dados foram analisados descritivamente e apresentados em tabelas e gráficos sob a forma de frequência absoluta e relativa e/ou média ou mediana através do programa Epi Info versão 7.0. Resultados: Todas as 412 mulheres aceitaram a técnica por autocoleta. A maioria (97,8%) gostou da autocoleta, sendo considerada fácil de usar por 95,4% e difícil por 4,6% delas. Dentre as dificuldades, introduzir a escova no canal vaginal foi relatado por 21% das mulheres. Cerca de 79,3% preferiram a autocoleta, 15,6% consideraram indiferente e 5,1% a coleta pelo profissional de saúde. Sensações de dor e ardência durante a coleta foram relatados por 12,1% das mulheres. As razões da preferência por autocoleta incluía privacidade, menor constrangimento, facilidades de coleta, acesso ao exame e menos dor. Já os motivos citados para a preferência da coleta feita pelo profissional de saúde foram por ser necessário para assegurar a saúde, e que ele tem conhecimento e experiência para coletar. Conclusão: Os dados do estudo mostraram que a autocoleta é um método altamente aceitável, de fácil uso e uma técnica de maior preferência quando comparada ao exame feito pelo profissional, podendo ser utilizada amplamente em ambientes de baixos recursos e de difícil acesso.