Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS RIBEIRINHOS DE COARI - AMAZONAS
Autores
MARCELO HENRIQUE DA SILVA REIS (Relator)
VINICIUS GOMES BARROS
JÉSSICA KAROLINE ALVES PORTUGAL
ABEL SANTIAGO MURI GAMA
SILVIA REGINA SECOLI
Modalidade Comunicação coordenada
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Dentre as doenças crônicas mais comuns que acometem a população mundial, destaca-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS), estando intimamente associada aos padrões de vida, doenças cardiovasculares, tendo um incremento considerável com o avançar da idade. Os ribeirinhos são povos que vivem as margens dos rios e lagos na floresta amazônica, adaptando-se as condições adversas impostas pelo ambiente hostil e isolamento geográfico. Estudos acerca da hipertensão arterial entre esta população são escassos, dificultando o reconhecimento do perfil epidemiológico desta morbidade. Objetivo: Identificar os níveis pressóricos de idosos residentes em comunidades ribeirinhas do município de Coari – Amazonas. Metodologia: Trata-se de uma investigação composta por dados extraídos do estudo de base populacional desenvolvido em comunidades ribeirinhas de Coari, Amazonas, entre abril a julho de 2015 - projeto “SAMARA - Médio Solimões”. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas e exames físicos, realizados pela equipe do projeto, previamente treinada, composta por acadêmicos e professores de enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia de Coari (ISB-UFAM). O protocolo para aferição da pressão arterial seguiu as diretrizes brasileiras de hipertensão. Resultados: Dos 492 indivíduos entrevistados no projeto maior, 56 eram idosos. Destes, 67,9% eram homens, com idade média de 67,5 anos, a maioria eram analfabetos (64,3%), possuíam renda mensal menor que 1 salário mínimo (28,6%). Dentre os idosos entrevistados, 40% apresentaram pressão arterial maior ou igual a 140 e/ou 90 mmHg. Conclusão: O estudo apontou alta prevalência de hipertensão arterial entre os idosos ribeirinhos de Coari (4 em cada 10). Embora a amostra de idosos seja relativamente pequena, a alta prevalência de HAS detectada, sinaliza a necessidade de investigações mais robustas sobre o tema e a população em questão. O desenvolvimento do estudo possibilitou aos alunos de enfermagem envolvidos na fase de coleta de dados, o reconhecimento do modo e estilo de vida dos ribeirinhos, despertando o interesse na saúde das populações tradicionais da Amazônia.