Anais - 19º CBCENF

Resumos

Título SEXUALIDADE APÓS O DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA - HIV/AIDS
Autores
CEZAR AUGUSTO DA SILVA FLORES (Relator)
DAYANE APARECIDA DE SOUZA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo Monografia

Resumo
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) vêm se modificando em todo o mundo em relação ao perfil epidemiológico e também pela aquisição do caráter de patologia crônica, o que propicia diferentes perspectivas aos portadores da infecção, como estabelecimento de novas relações amorosas, inclusive com pessoas que não possuam o vírus. Esta pesquisa buscou compreender as percepções vivenciadas por mulheres soropositivas em tratamento e acompanhamento no Serviço de Atendimento Especializado em Infectologia (SAE) do município de Sinop, estado de Mato Grosso, com relação ao seu comportamento sexual após o diagnóstico do HIV/AIDS. Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, realizada com sete mulheres que realizam tratamento e acompanhamento no Serviço de Atendimento Especializado em Infectologia no município de Sinop/MT. A coleta de dados ocorreu no ano de 2013, através de entrevistas semi-estruturada e a análise dos dados foi baseada no método de Bardin. Este estudo é um recorte da monografia de graduação intitulada “ O planejamento familiar com ênfase na questão reprodutiva de mulheres soropositivas em acompanhamento e tratamento no Serviço de Atendimento Especializado do município de Sinop-MTâ€, aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Julio Muller sob o n. 206.889. Após a infecção pelo HIV as mulheres passam a adotar posturas sexuais diferentes das vivenciadas antes da soropositividade. O uso do preservativo reflete principalmente o medo de contaminar o parceiro com o HIV, no entanto, permanece uma lacuna sobre o entendimento em relação à própria reinfecção. A falta de conhecimento acerca do HIV/AIDS, e dos mecanismos de transmissão faz com que as mulheres adotem posturas como a abstinência sexual, acreditando não serem mais aptas a manter relações sexuais. Além disso, essa falta de informação pode levar a mudanças no comportamento, em que a relação passa a ser permeada de estresse e insegurança atrapalhando a saúde sexual. Os resultados demonstraram mudanças no comportamento sexual das mulheres entrevistadas, sendo que estas foram motivadas principalmente pelo medo da transmissão sexual, falta de informação sobre como proteger o parceiro da infecção e o medo do preconceito ocasionar a rejeição.