Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título TUBERCULOSE E HANSENÍASE ENTRE MULHERES SOB PRIVAÇÃO DE LIBERDADE: ESTUDO EM UM CENÁRIO PRISIONAL PARAIBANO
Autores
GIGLIOLA MARCOS BERNARDO DE LIMA (Relator)
ANDRÉ DE FARIAS PEREIRA NETO
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
O Centro Internacional de Estudos Prisionais e o Departamento Penitenciário Nacional indicam que o sistema penitenciário brasileiro conta hoje com um percentual de 6,6% de mulheres e 93,4% de homens. Em 2000, eram 10.112 mulheres presas (4,3% do total de apenados) e no ano de 2010, o número saltou para 36.573 (7,4%). O crescente número de indivíduos no ambiente prisional nacional aumenta a vulnerabilidade destas pessoas a várias doenças, a exemplo da tuberculose e hanseníase. Este cenário se repete no espaço local paraibano. A frequente superlotação das unidades prisionais é um forte evento influenciador neste processo. Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo identificar e analisar o percentual de casos de tuberculose entre mulheres sob privação da liberdade de um Centro de Reeducação Feminino da Paraíba. A metodologia deste estudo teve por embasamento a abordagem quanti-qualitativa do tipo exploratória e descrita realizado em um Centro de Reeducação Feminino Penal da Paraíba. Utilizou-se como instrumento um roteiro de entrevista semiestruturado. Foram aplicados 217 questionários o que correspondeu a 65% do universo de mulheres sob privação de liberdade na referida instituição em 2013. Trata-se de um recorte da Tese de Doutorado intitulada “A vida de mulheres na prisão: legislação, saúde mental e superlotação em João Pessoa - PB” defendida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública/ Fundação Oswaldo Cruz. Os resultados apontaram que 4% das mulheres tiveram hanseníase e 3% tiveram tuberculose. A partir desses percentuais e levando em consideração o ambiente prisional, entendemos que é preciso atentar para ações de prevenção e tratamento da tuberculose e hanseníase no cenário estudado uma vez que as mulheres sob privação da liberdade são componentes da sociedade e a esta devem retornar. Assim, é importante pensar sobre as formas atuais de operacionalização de políticas públicas de saúde voltadas a tuberculose e hanseníase a fim de garantir o bem estar e integralidade da saúde a esta população.