Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título SÍNDROME METABÓLICA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM EXCESSO DE PESO: UM ESTUDO DE MEDIDAS REPETIDAS
Autores
NIVALDO MARTINS DE ANDRADE NETO (Relator)
CAMILLA RIBEIRO LIMA DE FARIAS
RAFAELA RAMOS DANTAS
DANIELLE FRANKLIN DE CARVALHO
CARLA CAMPOS MUNIZ MEDEIROS
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A obesidade é considerada um desafio global e evolui de forma epidêmica, atingindo todas as faixas etárias, apresentando estreita relação com a síndrome metabólica (SM), que pode se fazer presente já em fases iniciais da vida. OBJETIVO: Verificar a persistência da síndrome metabólica em crianças e adolescentes com excesso de peso, acompanhadas em um Centro de Obesidade Infantil (COI). MÉTODOS: Estudo transversal de medidas repetidas, desenvolvido em duas etapas no Centro de Obesidade Infantil de Campina Grande – PB: a primeira, referente ao ingresso no estudo (2009/2010), e a segunda realizada após 24 meses (2011/2012). A amostra foi composta por 133 crianças e adolescentes entre dois e 18 anos, com excesso de peso. Foi aplicado um formulário que abordava questões socioeconômicas e demográficas, realizada a avaliação antropométrica e coleta sanguínea necessária aos procedimentos do estudo. Para o diagnóstico de SM, foram utilizados os critérios do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Pannel III (NCEP/ATPIII) adaptados para faixa etária e sua prevalência foi avaliada em dois pontos, classificando-a em negativa (ausente nos dois pontos), intermitente (presente em um dos pontos) e persistente (presente nos dois pontos). As análises foram realizadas utilizando o programa SPSS, 22.0, adotando o nível de significância de 5%. Durante todo o processo respeitou-se os princípios éticos da Resolução 196/96. RESULTADOS: Do total de 133 crianças e adolescentes avaliados, a maioria (60,9%) era do sexo feminino, de cor não branca (67,7%), adolescentes (59,4 e 66,9% nos dois pontos do estudo, respectivamente), da rede pública de ensino (56,4%), com renda per capita inferior a um salário mínimo (71,4%) e com mais de seis moradores no domicílio (84,9%). A SM foi classificada em negativa (19,5%), intermitente (42,1%) e persistente (38,3%). CONCLUSÃO: Verificou-se um elevado percentual de persistência da síndrome, necessitando que medidas preventivas sejam iniciadas precocemente, auxiliando em um menor risco de desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na idade adulta, podendo melhorar, assim, a sobrevida e qualidade de vida desta parcela da população.