Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título AÇÕES DE ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA A PACIENTES INFECTADOS PELO CLOSTRIDIUM DIFFICILE
Autores
GIOVANE DE LELIS CUPERTINO (Relator)
FRANCIANE SILVA LUIZ
FÁBIO DA COSTA CARBOGIM
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: trata-se de uma complicação associada à assistência a saúde, com relevância para a assistência de enfermagem e as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Considerando a grande facilidade de transmissão do patógeno, justifica-se a implementação de educação em saúde aos profissionais no que diz respeito às condutas em caso de infecção pelo microrganismo. Objetivo: relatar a experiência de treinamento dos cuidados necessários ao controle da disseminação do ao C. difficile, no ambiente intra-hospitalar. Método: relato de experiência sobre treinamento realizado no mês de julho de 2012, contando com a participação de oito enfermeiros, quatro médicos, 22 técnicos de enfermagem e dois psicólogos. O conteúdo didático foi dividido em: a) patogênese; b) formas de transmissão e c) tratamento e precauções. Resultados e discussão: no primeiro momento foi apresentada a patogênese a partir de mecanismos utilizados pelo agente infeccioso. Embasado na literatura atual demonstrou-se que a diarréia por C. difficile, está associada principalmente ao uso indiscriminado de antibióticos de amplo espectro. Aos profissionais foi possibilitado momento de discussão sobre a patogenia, concluindo que fatores como a internação em unidades de terapia intensiva tem relação à exposição ao C. difficile (Rosa et al. 2012). Em um segundo momento foi apresentado às formas de transmissão, sendo esboçado em uma tabela estudos que comprovam que os reservatórios de C. difficile em ambientes hospitalares são os pacientes com diarréia ou portadores assintomáticos desta bactéria. O grupo acredita que a transmissão através das mãos dos profissionais seja a grande responsável. Em um terceiro momento tratou-se de aspectos relacionados a tratamento e precauções. Foram apresentados dados da literatura atual, demonstrando que há indicação do metronidazol como a droga de primeira escolha para formas leves e quadros de recorrências (Rosa et al. 2012). Quanto às precauções, incluem: uso de luvas e capote durante manipulação do paciente, higienização das mãos com solução degermante, piso e superfícies horizontais (mesas, cadeiras, camas) devem sofrer desinfecção diária, pacientes incontinentes devem permanecer em quarto separado. Conclusão: o conteúdo didático viabilizou interface entre teoria e prática, possibilitando processos de discussão e mobilização para se implementar condutas adequadas.