Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título SIGNIFICADO E VIVÊNCIA DE PACIENTES SUBMETIDOS A HEMODIÁLISE: UMA REVISÃO
Autores
MARIA TIBÉRIA DA SILVA CAROLINO (Relator)
ANÚBES PEREIRA DE CASTRO
ANTHONIO ALISANCHARLES BATISTA DE ALMEIDA
JOÃO BATISTA DOS SANTOS
KAROLLINY ABRANTES DE SOUSA
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) trata-se da fase mais avançada da doença renal, caracterizada pela perda gradativa, irreversível e multifatorial da capacidade funcional dos rins. A Hemodiálise é a modalidade terapêutica mais comumente empregada nesses casos, sendo visualizada como um tratamento que exige adaptação, onde o indivíduo sofre alterações em seu estilo de vida, com mudanças que envolvem as áreas biológica, psicológica e social. Esse trabalho objetiva realizar uma revisão de literatura acerca da insuficiência renal crônica, bem como as principais alterações advindas do tratamento hemodialítico e o significado das mesmas na vida dos pacientes renais crônicos. Metodologia: Foi realizado levantamento das publicações de 2008 a 2015 nas bases eletrônicas SciELO, LILACS, Bancos de dados da Enfermagem e site da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Foram utilizados os seguintes descritores em Ciências da Saúde (DeCS): insuficiência renal crônica; hemodiálise/significado; hemodiálise/vivência. Resultados e Discussão: Foram selecionados 122 artigos relacionados a temática, destes subsidiaram para o aporte teórico 10 artigos que se enquadravam nos objetivos. Pode-se perceber que a sintomatologia da IRC, inicialmente mínima ou ausente, é caracterizada por fadiga, emagrecimento, prurido, náusea, hipertensão, edema, poliúria, hematúria e uremia. O tratamento envolve a diálise, a qual é fracionada em hemodiálise e diálise peritoneal, e o transplante renal. A hemodiálise geralmente é realizada durante três sessões semanais em média, que duram de três a cinco horas a depender das condições do paciente. Dentre as principais alterações provenientes do tratamento destacou-se modificações fisiológicas, perda de independência funcional, sentimentos de angústia, medo, expectativa, força e coragem. Os pacientes atribuem ao tratamento um significado de possibilidade de manutenção da existência, ao mesmo tempo em que convivem com a ideia de sua finitude, gerando angústia e conformismo. Conclusão: A compreensão da vivência e significado do tratamento permite determinar a influência do meio, segurança e estabilidade advinda do recurso terapêutico, onde cada paciente apresenta características individuais, indícios de aceitação ou insubmissão que são essenciais durante o processo de adequação ao novo modo de vida. Além disso promove uma reflexão dos profissionais acerca de uma maior compreensão sobre o individuo confrontado com o sofrimento da doença crônica.