Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO DO CÂNCER DO COLO UTERINO EM MULHERES DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE ALAGOANO
Autores
ALEXANDRE WENDELL ARAUJO MOURA (Relator)
DRA. ELAINE VIRGÍNIA MARTINS DE SOUZA FIGUEIREDO
NAISE DE MOURA DANTAS
TIAGO FERREIRA DANTAS
DOUTORANDA KAROL FIREMAN DE FARIAS
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A alta incidência e mortalidade das mulheres fazem com que o câncer do colo do útero (CCU) seja considerado um problema de saúde pública. A maioria dos casos do CCU apresenta evolução lenta, havendo fases pré-clínicas detectáveis, com potencial de cura próximo a 100%, quando diagnosticado e tratado inicialmente ou em fases precursoras. Fatores relacionados ao ambiente e aos hábitos de vida, bem como hábitos sexuais desde promiscuidade, número de filhos, início precoce da atividade sexual, infecções ginecológicas repetidas à infecção pelo vírus do HPV, além de variáveis como tabagismo, história menstrual, número de parceiros sexuais e uso de contraceptivos orais têm sido associados ao surgimento das lesões cervicais. Objetivo: identificar a prevalência dos Fatores de Risco do Câncer do Colo do Útero em Mulheres Atendidas em um município do agreste alagoano. Metodologia: Estudo descritivo e transversal realizado em parceria com o projeto de extensão Ações Integradas em Saúde do Adulto: Com Foco em Vigilância em Saúde e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) da Universidade Federal de Alagoas- UFAL. Foram realizadas 361 consultas ginecológicas de enfermagem e entrevistadas com formulário semiestruturado 100 mulheres em 06 Unidades Básicas de Saúde. Os dados analisados foram hábitos sexuais, uso de álcool ou tabaco e histórico reprodutivo. Considerando os aspectos éticos segundo a Resolução 466/12, a realização da pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFAL, sob o parecer Nº 931.700 e C.A.A.E 31450014.9.0000.5013. Resultados: De 100 mulheres, 54% (n=54) tiveram a sexarca antes dos vinte anos; 53% (n=53) tiveram mais de dois filhos; 43% (n=43) tiveram mais de um parceiro sexual com média de 2,5 parceiros; 20% (n=54) utilizam algum tipo de contraceptivo oral; 2% (n=2) tiveram infecção por HPV; 47% (n=47) já apresentaram alguma infecção ginecológica; 24% (n=24) são ou já foram tabagistas e 38% (n=38) são ou já foram etilistas. Conclusão: Os fatores de risco identificados foram: inicio precoce das atividades sexuais, o número de parceiros, número de filhos e infecções ginecológicas presentes. A infecção por HPV, o principal fator para o câncer do colo do útero, teve baixa prevalência na população estudada. Infere-se, assim, a necessidade de se empregar meios que minimizem estes fatores de risco e que ampliem o atendimento eficaz da consulta ginecológica de enfermagem na atenção básica no combate ao câncer cérvico-uterino.