Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título MORTE E PACIENTES EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA: INFLUÊNCIAS NA RECUPERAÇÃO
Autores
CAMILA CARLA DANTAS SOARES (Relator)
JOSÉ JOEUDES DE QUEIROZ NOGUEIRA
JOCELLY DE ARAÚJO FERREIRA
PRISCILLA TEREZA LOPES SOUZA
EGILLANE MADZA MENDES SANTA CRUZ
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: Marcada por constantes intercorrências terapêuticas e óbitos, a Unidade de Terapia Intensiva comumente é encarada pelos pacientes como um ambiente complexo, gerador de grande ansiedade e medo. Apesar de ser considerada uma unidade hospitalar destinada a atender pacientes recuperáveis, a morte acontece constantemente, mesmo com todo esforço da equipe de saúde para evitá-la. Objetivo: Investigar a percepção de morte dos pacientes na Unidade de Terapia Intensiva e caracterizar a relação da morte iminente com a recuperação física do paciente na Unidade de Terapia Intensiva. Metodologia: Com abordagem qualitativa, esta pesquisa exploratória e descritiva foi desenvolvida com 07 pacientes da UTI do Hospital Universitário Alcides Carneiro em Campina Grande-Paraíba, a partir de uma entrevista semiestruturada, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número 180.461. Resultado: Duas categorias surgiram provenientes da interpretação dos relatos dos entrevistados, denominadas por A face preponderante da UTI: morte é seu sinônimo; e O sentimento de morte iminente na UTI: percepção desencadeadora de fatores que delongam a recuperação do paciente. Conclusão: A fala dos entrevistados confirma que ao associarem a morte à Unidade de Terapia Intensiva, os pacientes internos neste setor hospitalar apresentam uma percepção bastante acentuada a respeito do cotidiano da mesma, uma vez que os pacientes por estarem em um ambiente destinado a cuidados intensivos, não visualizam uma expectativa de vida, nem um potencial para recuperação. A permanência em uma UTI gera medo de morrer, sentimento este que reflete direta ou indiretamente na evolução clínica do paciente, maneira pela qual retarda a sua recuperação e aumenta seu tempo de hospitalização.