Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO E QUALIDADE DE VIDA DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
Autores
YANE ALMEIDA CORDEIRO (Relator)
DAMIÃO DA CONCEIÇÃO ARAÚJO
ARTHUR CESAR DE MELO TAVARES
ANDREIA CENTENARO VAEZ
ANTONIELE DOS SANTOS PIMENTEL
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Diante do crescimento do transporte terrestre e populacional não planejado, os acidentes de trânsito tornaram-se um problema de saúde pública(1). O impacto na qualidade de vida (QV) é significativo para as vítimas, acarreta alterações emocionais, físicas, sociais e econômicas(2,3). OBJETIVO: Descrever o perfil clínico-epidemiológico e qualidade de vida das vítimas de acidentes de trânsito atendidas em um hospital público do centro-sul do estado de Sergipe. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa transversal com abordagem descritiva e quantitativa, aprovada no CEP sob o CAAE nº 33657014.7.0000.5546. Amostra foi composta por 73 vítimas de trauma, decorrente de acidentes de trânsito, internadas em um Hospital público da Região Centro-Sul do estado de Sergipe. A coleta de dados foi realizada entre novembro de 2014 e maio de 2015, por meio da aplicação de um questionário semiestruturado para caracterizar o perfil clínico-epidemiológico e o Whoqol-bref para avaliação da QV, após anuência verbal e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: O levantamento do perfil clínico-epidemiológico das vítimas evidenciou que eram adultos jovens, com idade média de 32,86 anos, sexo masculino (93,8%) com ensino fundamental incompleto. A maioria dos acidentes ocorreu nos finais de semana (65,7%) com condutores de motocicleta e que não utilizavam equipamento de proteção individual. As regiões corporais mais acometidas em decorrência do trauma foram as fraturas de extremidades e cintura pélvica (69,9%). Os resultados do whoqol-bref demonstraram que as vítimas em sua maioria, classificaram sua QV como “boa ou muito boa” (76,86%) e sentiram-se “satisfeitas ou muito satisfeitas” com sua saúde. Anterior ao trauma, 5,85% relataram sentir dor e desconforto decorrente de outra comorbidade. Após o trauma 69,18% informaram dor e desconforto, tornaram-se dependentes de medicamentos ou de tratamentos (67,47%) e referiram sentimento negativo (35,27%). CONCLUSÃO: Estudos de caracterização para o levantamento do perfil clínico-epidemiológico de uma determinada população e/ou problema de saúde e do impacto do trauma na QV, são essenciais para o delineamento e conhecimento da etiologia e gravidade do problema, incidência e prevalência dos envolvidos e estudo global do fenômeno em questão, possibilita a criação de políticas públicas para prevenção de agravos a saúde com foco na população em risco.