Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título SÍFILIS CONGÊNITA E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
Autores
THAYS LUANNY SANTOS MACHADO (Relator)
LARISSA GARRETO SOUSA
POLYANA CABRAL SILVA
LUZIVÂNIA DE JESUS OLIVEIRA
ISAURA LETICIA TAVARES PALMEIRA ROLIM
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução:A Sífilis Congênita (SC)é uma doença causada pela transmissão vertical do Treponema pallidum. Caracterizada como grave problema de saúde pública no Brasil. Desde 2005 tornou-se caso de notificação compulsória (Portaria MS/SVS n°. 33)¹ por sua relevância nos índices de morbidades para a criança e óbitos perinatal, neonatais e natimortos. Objetivo: Analisar e sintetizar as publicações recentes referentes à sífilis congênita e sua relação com a qualidade da assistência pré-natal. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada em artigos científicos nos bancos de dados da SCIELO e LILACS, com três descritores junto à base da BIREME: “Sífilis Congênita”, “Cuidado pré-natal” e “Saúde reprodutiva”, cujo critério de seleção foram artigos em língua portuguesa publicados entre os anos de 2010 a 2015. Ao final da busca foram selecionados 6 artigos.Resultados:Um dos estudos abordou 2.422 gestantes em acompanhamento pré-natal em unidades de saúde da rede SUS do município do Rio de Janeiro nos anos 2007 e 2008, afirmam que a incidência de sífilis congênita foi de 6 por 1000 com taxa de transmissão vertical de 34,8%, apresentando declínio aos anos anteriores, porém seis vezes superiores à meta de eliminação proposta pelo Ministério da Saúde.Todos os seis artigos apontaram o desconhecimento dos profissionais pesquisados em relação ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento. Destaca-se a baixa cobertura de testagem, ou seja, a realização de pelo menos dois testes de triagem durante o pré-natal,se a gestante for positiva, e a inadequação do tratamento do parceiro no pré-natal, que é condição determinante para a cura eficaz da mãe. Somente dois artigos apontaram a necessidade do aumento da cobertura pré-natal, apresentaram, também, baixa escolaridade, baixa renda e pior acesso ao serviço de saúde como fatores preponderantes para o aumento da vulnerabilidade dessas mulheres. Fatores como falta de condições técnicas, medicamento e dificuldade de abordagem às DST’S são pouco abordados por dois artigos. Conclusão: É consenso a necessidade de capacitação periódica de profissionais, visando proporcionar assistência pré-natal de qualidade, que é um importante fator na redução dos casos de SC, e deve proporcionar testes diagnósticos sensíveis logo na primeira consulta pré-natal e tratamento efetivo.Dado que, em mulheres não tratadas, a transmissão é de 70% a 100% nas fases primária e secundária da doença².