Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título CÂNCER DE PRÓSTATA: PRÁTICAS RELACIONADAS À DETECÇÃO PRECOCE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
Autores
LUIZA TEREZA GADELHA DE MENEZES (Relator)
PAULA SIMONE AZEVEDO SILVA
JÉSSICA KEICYANE SILVA DE LIMA
MATHEUS FIGUEIREDO NOGUEIRA
MARIA ALINE DANTAS
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A incidência do câncer de próstata vem demonstrando índices elevados nos últimos anos. Um dos problemas associados a este panorama é a fragilidade dos serviços de saúde pública em níveis de promoção e proteção da saúde. A dificuldade da adesão da população masculina na adoção de práticas para a prevenção e detecção precoce da doença, sobretudo por sua evolução assintomática ou variabilidade de sintomas, deve ser uma constante preocupação da enfermagem no cenário da atenção primária. OBJETIVO: Averiguar as práticas adotadas por homens assistidos na Estratégia Saúde da Família frente à detecção precoce do câncer de próstata. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional descritivo com delineamento quantitativo, desenvolvido no município de Cuité – PB com 62 homens cadastrados e acompanhados nas Unidades de Saúde da Família. Após aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética do Hospital Universitário Lauro Wanderley (CEP/HULW) sob parecer nº 919.217, os dados foram coletados com a utilização de um questionário e analisados de procedimentos estatísticos descritivos. RESULTADOS: Os participantes possuem idade média de 57 anos, com baixo nível de escolaridade, sendo predominantemente casados, com renda familiar de um salário mínimo e em sua maioria, aposentados. A maioria não é tabagista (84,4%), não consome bebida alcoólica (81,3%), pratica exercício físico (51,6%) e apresenta nível médio de estresse igual a 4,90 em escala de zero a dez. Dentre outras práticas, 32,8% procuraram o serviço de saúde entre 2 e 3 vezes no último ano; 50% referem desconhecer meios de prevenir o câncer de próstata; 53,1% nunca realizam o exame de PSA; 71,9% não se submeteram ao toque retal; 71,9% não realizaram a USG transretal; e 92,2% não fizeram a biópsia prostática. Genericamente, os meios preventivos para o carcinoma prostático são pouco conhecidos pelos homens, tornando difícil a sua detecção precoce e ocasionando sua descoberta em estágio avançado, trazendo maiores complicações e dificuldades de recuperação. CONCLUSÃO: Evidencia-se a necessidade urgente de educação em saúde para a prevenção e detecção precoce do câncer de próstata e o enfermeiro da atenção primária deve lançar mão de estratégias eficazes que possibilitem este feito de modo satisfatório, garantindo à população masculina uma atenção especializada que a assegure uma sólida compreensão da doença, fatores de risco e práticas preventivas.