Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO TRATAMENTO E CONTROLE DAS REAÇÕES HANSÊNICAS
Autores
ANTHONIO ALISANCHARLES BATISTA DE ALMEIDA (Relator)
BÁRBARA LETÍCIA DE QUEIROZ XAVIER
BRENDA DOS SANTOS TEIXEIRA
MARIA MÔNICA PAULINO DO NASCIMENTO
Modalidade Pôster
Área Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A hanseníase caracteriza-se como uma doença infectocontagiosa crônica, de grande potencial incapacitante. Os estados reacionais ou reações hansênicas são períodos de inflamação aguda no curso de uma doença crônica, sendo a principal causa de lesões dos nervos e das incapacidades físicas relacionadas à doença. Apesar de todo o conhecimento acerca das complicações que as reações hansênicas podem ocasionar, ainda são escassos os estudos científicos que colaborem com avanços no controle e continuidade do tratamento dos danos neurais. Objetivo: Destacar a importância da atuação da enfermagem no controle e tratamento das reações hansênicas. Metodologia: O trabalho tem um enfoque descritivo a partir de pesquisa bibliográfica realizada com 15 artigos científicos, em português, nos bancos de dados da SCIELO e LILACS, realizado no mês de julho de 2015. Resultados: Conforme a literatura consultada, os profissionais da enfermagem são fundamentais no controle e tratamento dos estados reacionais, pelo fato de manterem maior relação interpessoal com os pacientes no decorrer do tratamento. Estes profissionais devem atuar no acompanhamento do seguimento clínico, na monitorização dos efeitos adversos das drogas, na realização da avaliação dermatoneurológica durante as consultas de enfermagem, tanto durante o uso da poliquimioterapia como após o término do tratamento. A atuação do enfermeiro nas avaliações neurológicas periódicas é fundamental, pois objetiva identificar os sinais e sintomas sugestivos de reações hansênicas e, principalmente, do dano neural, bem como da sua evolução, sendo a base para a prescrição do tratamento e dos cuidados necessários. Com foco central na educação, no desenvolvimento da autonomia e da inclusão social, a enfermagem orienta sobre repouso do membro, exercícios de alongamento, hidratação e lubrificação da pele, proteção e adaptações de áreas afetadas durante as atividades diárias e outros cuidados com os olhos, mãos e pés. Conclusão: O papel do enfermeiro no controle e tratamento das reações hansênicas, principalmente com dano neural, é de fundamental importância devido à formação do vínculo, necessário para o seguimento clínico e para a adoção de medidas que podem interferir diretamente na evolução clínica e no enfrentamento da condição, ajudando a prevenir o desencadeamento de incapacidades e deformidades evitáveis.