Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DA AUTOMEDICAÇÃO DE ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE EM CRUZEIRO DO SUL, ACRE
Autores
MARIA RAFAELA MARTINS TAVEIRA (Relator)
CRISTIANO GIL REGIS
VIVIANE TAÍS PONCI SILVA
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Automedicação é a prática de ingerir substâncias com ação medicamentosa sem indicação e acompanhamento de profissional de saúde qualificado para a prescrição. OBJETIVO: Conhecer o perfil de automedicação de estudantes de enfermagem da Universidade Federal do Acre - Campus Cruzeiro do Sul (UFAC-CZS). METODOLOGIA: Estudo quantitativo retrospectivo. Foi aplicado a 72 estudantes de enfermagem da UFAC-CZS em junho de 2013 um questionário sobre o uso de medicamentos prescritos ou automedicados nos últimos seis meses. Utilizou-se o programa Microsoft Excel 2011 para tabulação dos dados e construção de gráficos e tabelas para análise descritiva. RESULTADOS: 75% dos estudantes são mulheres. A idade variou entre 17 e 41 anos, concentrando-se entre 18 e 21. 71% são solteiros. Suas famílias têm em média 3,93 pessoas e 37,5% tem renda mensal de 3 a 4 salários mínimos. 13 têm vínculo empregatício com cargas horárias entre 20 e 50 horas semanais. Desses, 9 trabalham na área da saúde. As classes de medicamentos mais utilizados foram analgésicos e antipiréticos (25%), vitaminas e sais minerais (12%) e antibacterianos e hormônios sexuais (10%, cada). Dipirona e Paracetamol foram os mais utilizados. A forma farmacêutica mais utilizada na automedicação foi o comprimido (118 vezes citada), seguido de solução oral utilizada (16), solução injetável (7), cápsula (6). O uso costumeiro de um fármaco pelo núcleo familiar foi o fator principal de escolha pela automedicação (60 relatos), seguida de “Utilizei o medicamento por conta própria, pois considero ter conhecimento suficiente”, citado 38 vezes, e “Parente/vizinho indicou”, 26 vezes mencionado. Constatou-se que o acúmulo de conhecimento é um fator que aumenta o uso da automedicação, quando observado a relação período acadêmico e ocorrência de automedicação. No Brasil, estudos de base populacional sobre a prevalência da automedicação são raros, apesar da relevância do tema visto que o uso inadequado da automedicação acarreta danos muitas vezes graves a saúde das populações, como a resistência a antibioticoterapia. A prática da automedicação neste estudo foi semelhante à observada em estudos similares. CONCLUSÃO: Entende-se que o conhecimento adquirido durante a graduação torna os acadêmicos confiantes para a escolha de medicamentos para o uso próprio.