Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PREVALÊNCIA DOS FATORES DE RISCO RELACIONADO À DOENÇA RENAL CRÔNICA EM USUÁRIOS ADSCRITOS NA ESF EM LAGARTO/SE
Autores
BEATRIZ ALMEIDA SANTOS (Relator)
YANE ALMEIDA CORDEIRO
ANDREIA FREIRE DE MENEZES
MALENA DE CARVALHO CORREIA
DÉBORAH DANIELLE TERTULIANO MARINHO
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A doença renal crônica é hoje um problema de saúde pública mundial, com o aumento de doenças crônico-degenerativas, como diabetes mellitus e hipertensão arterial, que são as suas principais causas. De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia existem em torno de 100 mil brasileiros em diálise. Dentre os internos a taxa de internação hospitalar de 4,6% ao mês e mortalidade de 17% ao ano. Objetivos: Caracterizar os usuários quanto aos fatores de risco relacionados às doenças renais crônicas. Método: Estudo quantitativo e descritivo, do tipo transversal, desenvolvido durante a Campanha do Dia Mundial do Rim, realizada numa Unidade de Saúde da Família (UBS) de Lagarto/SE, nos dias 09 e 12 de março de 2015. Os dados foram coletados durante a consulta de enfermagem. O TCLE foi assinado em duas vias e todas as normas éticas preconizadas pelo decreto 466/12 foram seguidas. Resultados: Participaram da campanha 108 usuários, destes 80,5 % eram mulheres e 19,5% homens, sendo que 17,3 % eram menores de 20 anos. De acordo com a faixa etária 24% possuíam idade entre 20 e 40 anos, 36,7% entre 40 a 60 anos e 21,5% acima de 60 anos. A etnia apresentou-se diversificada, sendo 63,8% brancos, 7,5% índios e 28,7% negros. Em relação à escolaridade 13,3% eram analfabetos, 58,5 % concluíram o primeiro grau, 24,5 % finalizaram o segundo grau e apenas 3,7% possuíam ensino superior. De acordo com a ocupação 34,4% eram desempregados, sendo que agricultor foi a profissão mais destacada com 65,6%. De acordo com os fatores de risco associados à doença renal foram listados os hábitos de vida, percebeu-se que 14,2% eram etilistas; 8,5% tabagistas e 74,5% eram sedentários. Quanto à presença de doenças crônico degenerativas, 38,9% eram hipertensos, 12,9% diabéticos,38,1% apresentam problemas cardiovasculares e 37,9% estavam acima do peso, além disso, 33,1% relataram histórico familiar de doenças renais. O uso da automedicação sem prescrição médica foi descrita por 63,9%. O estudo demonstrou que 22% dos avaliados tinham mais de 03 fatores de risco presentes e desconhecia-os. Conclusão: A partir dos dados percebeu-se que os fatores de riscos mais prevalentes são o sedentarismo, a automedicação e os problemas cardiovasculares, sendo a hipertensão a mais evidente. O fato do grande desconhecimento acerca de tais fatores traz a necessidade de medidas preventivas e acompanhamento principalmente àqueles que apresentam mais de três fatores de risco.