Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título AÇÕES INTEGRADAS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE PARA O ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Autores
DARCIELE DE AGUIAR RIBEIRO (Relator)
RAYLANNA FREITAS NASCIMENTO
RANIELA DE SOUSA SANTOS
SABRINA BORGES E SILVA
CLEIDIANE VIEIRA SOARES CABRAL
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
A violência contra as mulheres está presente na história humana desde os seus primórdios, mas só recentemente passou a ser vista como um problema que necessita ser enfrentado, com elaboração conceitual e metodológica própria e implementação de políticas públicas específicas. A oferta de atendimento humanizado às mulheres que passaram por situações de violência nos serviços de saúde ainda é um desafio em todos os níveis de atenção. O presente estudo objetiva identificar em bancos de dados pesquisas que relatem as ações realizadas pelos serviços de saúde para o enfrentamento da violência contra a mulher, sintetizar as evidências científicas disponíveis sobre o tema e refletir sobre essa problemática nos serviços de saúde. Este é um estudo de revisão integrativa da literatura, desenvolvida com produção científica indexada nas seguintes bases eletrônicas de dados: BDENF, LILACS e SCIELO, que enfoca os seguintes descritores: Ação Intersetorial; Serviços de Saúde; Violência contra a mulher. Foram encontradas 25 publicações, das quais 15 foram incluídas neste estudo. Teve como critérios de inclusão artigos em língua portuguesa, na íntegra, sendo excluídos artigos incompletos e que não estavam disponíveis gratuitamente. Ante a interpretação dos dados, emergiram duas categorias: atendimento humanizado como facilitador para a identificação da violência e percepção dos profissionais quanto às mulheres vítimas de violência. As informações elucidaram a necessidade do diálogo, no intuito de estabelecer vínculo por meio de uma escuta sensível e atenta como forma de conhecer a história de cada mulher assistida, identificou-se invisibilidade em alguns setores que ainda se limitam a cuidar dos sintomas das doenças e não contam com instrumentos capazes de identificar o problema. O resultado é que as intervenções terminam por mostrar respostas insuficientes dos serviços para as necessidades dessa usuária. Sendo assim, faz-se necessária a ampliação desse debate, que deve partir de uma revisão dos valores que norteiam as práticas de intervenção na área da saúde, visando o estabelecimento de novas formas de interação, reconhecendo seu papel social na identificação e assistência articulada nas situações de violência contra as mulheres e, consequentemente, de intervenções mais resolutivas.