Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título PERFIL DE PUÉRPERAS COM HIV POSITIVO E DE SEUS RECÉM-NASCIDOS
Autores
MARIA CLEENE PEREIRA DE SOUSA LIRA (Relator)
JANAYNA PINHEIRO BEZERRA
MARIA IVONEIDE VERÍSSIMO OLIVEIRA
ELAINE MEIRELES CASTRO
EMANUELLE MACEDO REZENDE
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
No início da década de 1980, a humanidade viu-se diante do grande desafio de enfrentar a pandemia da aids, doença causada pelo HIV que hoje ocupa lugar de destaque entre os principais problemas de saúde no mundo. Ao descrever a trajetória dessa pandemia por meio do número absoluto de casos, observa-se que, nos vinte e seis primeiros anos da epidemia, de 1980 a 30 de julho de 2006, o Brasil notificou 433.067 casos. Foi conhecido, então, o impacto da epidemia nas mulheres brasileiras. O aumento no número de mulheres com aids trouxe como consequência o crescimento nas taxas de transmissão vertical do HIV. Essa situação provocou a infecção de percentual considerável de crianças em todo o mundo com o esse vírus, em virtude de muitas das mulheres com aids encontrarem-se em idade reprodutiva. Objetivou-se caracterizar o perfil de puérperas com vírus humano da imunodeficiência positivo e condições de nascimento dos recém-nascidos. Trata-se de estudo retrospectivo descritivo, abordagem quantitativa, realizado em maternidade pública, em Fortaleza-Ceará-Brasil. Participaram todas puérperas diagnosticadas por meio de exame laboratorial, soropositivas e seus recém-nascidos admitidos em 2012, totalizando 27 cada, registrados na Comissão de infecção Hospitalar da maternidade em pesquisa. Os dados foram coletados diariamente pela equipe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. Quanto às mães, 37,0%, tinham faixa etária 21- 25 anos, 11,1% usaram droga, 48,1%, tinham uma a duas gestações, 40,7% não realizaram seis consultas pré-natal, 96,3% tiveram parto cesárea, 74,0% usaram Zidovudine (AZT). Quanto ao recém-nascido 74,0 %, tinham estatura de 45-49 cm, 63,0%, perímetro cefálico 32-34 cm, 63,0%, perímetro torácico 30-33 cm, 14,8% com peso > 3.500g, 18,5% nasceram pré-termo, 3,7% apresentaram apgar no primeiro minuto de 4-7 e 96,3% >7 e 37,1% apresentaram taquipneia transitória. Concluiu-se que foi expressivo o número de gestantes com terapia antirretroviral na gestação e parto, apesar de grande parte das mulheres terem realizado menos de seis consultas pré-natal. Um dado a merecer atenção é a baixa quantidade de recém-nascidos encaminhados para o alojamento conjunto. O peso de nascimento, estatura e perímetro cefálico foram na sua maior parte satisfatório, e equivalente ao relatado na literatura pertinente.