Anais - 18º CBCENF

Resumos

Título RITUAIS SAGRADOS E TRADICIONAIS SOBRE O PARTO DOS ÍNDIOS TAPEBA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
SAMUEL SOARES MENDES PEREIRA (Relator)
KAELLE VIRGINIA DE OLIVEIRA SARAIVA
LUIZA CAMILA MACIEL MARCELINO
MONALIZA SANTOS RODRIGUES
KARLA VALERIA ZEQUIEL OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: Apesar dos rituais em torno do parto terem se perdido em nossa civilização industrializada, o movimento de humanização do parto tem trazido um resgate para valorizar as tradições ritualísticas do ciclo gravídico-puerperal, induzindo acadêmicos de Enfermagem a buscarem o conhecimento da cultura milenar sobre o parto, estimulados pela disciplina Cuidado de Enfermagem em Saúde da Mulher. objetivando conhecer rituais sagrados e tradições sobre o parto, próprios da cultura dos índios Tapeba residente nas proximidades da instituição de ensino dos acadêmicos de Enfermagem. METODOLOGIA: relato da experiência a partir de uma imersão social junto aos índios Tapeba, acerca do objetivo, na comunidade da Ponte, composta por índios Tapeba, na área metropolitana de Fortaleza, cidade de Caucaia, Ceará, residente ao longo da ponte do Rio Ceará. A imersão foi feita no mês de junho de 2015, por quatro acadêmicos de Enfermagem da Faculdade Terra Nordeste (FATENE). O registro das experiências foi feito num diário de campo, com anotações escritas durante e após as visitas, que duraram em média 45min. RESULTADOS: foram tradições citadas, o consumo de chás para acelerar o trabalho de parto, chá de pimenta do reino (Piper nigrum) e gergelim (Sesamum indicum). O chá de capim-santo (Cymbopogon citratus) é usado como calmante e para redução da dor; chá de torém (Cecropia glazioui) para a anemia e hemorragia; chá de erva cidreira (Melissa officinalis) anti hipertensivo; chá de arruda (Ruta graveolens) como analgésico. Uma oração é feita no início e no final do parto (oração da mãe Tutu), e água de aroeira (Myracrodruon urundeuva) é utilizada para cicatrização do coto umbilical e do períneo materno. Conserva-se o coto umbilical e dele é feito um chá para crianças com icterícia, cólica, alergias e viroses. CONCLUSÃO: Os relatos mostram as tradições praticadas nessa comunidade, de acordo com suas crenças e cultura sobre o parto, sendo importante para colaborar com a formação mais holística, integral e humana da Enfermagem materno-infantil.